sexta-feira, 26 de junho de 2009

"CONSULTING SCIENCE" - É O NOVO MARKETING?

VI.“ CONSULTING SCIENCE ”- É o novo Marketing ?

Os primeiros sinais de advertência dos clientes

· Aumento das reclamações dos clientes
· Satisfação decrescente dos clientes
· Baixa freqüência de clientes

O consumidor do século XXI

Ele procura produtos que sejam: mais inteligentes, melhores, mais baratos, mais velozes, menores, mais elegantes, “verdes”, orgânicos, ações sociais (engajados), personalizações (que as proporcionem, como a Honda e o acabamento de alguns prédios de apartamentos ).

Conhecendo o cliente do futuro

→ O consumidor do século XXI exige tudo personalizado, de acordo com suas necessidades (bike Panasonic com 11655 combinações).

→ O poderoso consumidor “ Eu quero do meu jeito”.

→ A resposta aceitável para as empresas – “dê a eles o que querem ou não faça nada”.

→ Os consumidores do século XXI exigem serviços preventivos, como também melhor preço global.

→ Passamos dos “citizens” para “netizens” – cidadão da rede – onde se estabelecem as “comunidades eletrônicas” com milhões de integrantes.

→ Conceitos para o século XXI, definindo o consumidor:
Eles têm paridade de informação com os fornecedores
Almejam apenas três coisas: velocidade, personalização e preço (entenda-se agregando valor).

Conclusões

→ Assume a globalização
→ Rigorosamente preso à moda
→ Postura consultiva (áudio-visual)
→ Adota tempo real em tudo
→ Consome produtos descartáveis
→ Barreiras de movimentação (passaporte para tudo:cartão de crédito fidelidade, cartão de farmácias, lojas, jornal, academia etc.)
→ Ciclo de visitas:casa – trabalho-shopping-casa
→ Define e comunica estratégia do produto e serviço que lhe convém
→ Adora viver novas EXPERIÊNCIAS
→ Esta saturado com a mesmice das propagandas
→ O declínio da lealdade à marca
→ Crescente concorrência global
→ Canais de distribuição em constante modificação
→ Mídias tradicionais ampliando o nível do ruído na comunicação (queda de jornais, baixo nível da TV aberta)
→ Proliferação de novas estruturas de comunicação (blogs, celulares multimidias, Internet, TV’s interativas, mídias hipersegmentadas como mídia indoor, adesivamento em lojas de varejo, ações de sampling, iPod, BusTV, etc)

POR QUE NOS MUTILAMOS?

V. POR QUE NOS MUTILAMOS?

Transcrito da Revista “Veja” de 05 de março de 2008, Seção Ponto de Vista, de Lya Luft, que é escritora.

Por que nos mutilamos?

Numa página de revista deparo com um espetáculo deprimente: uma milionária americana de 62 anos entra num restaurante expondo a fotógrafos e freqüentadores um rosto tão desfigurado por plásticas, preenchimentos e outros processos que não era só feio e disforme, mas assustador. Nada mais ali combinava, as sobrancelhas em alturas diferentes, os olhos artificialmente enviesados estavam desemparelhados e o nariz sumia num rosto de lua cheia, fruto de inadequados esticamentos e exageradas invasões.
Há poucos dias vi por acaso uma conhecida que não encontrava fazia anos. Reconhecia-a d longe, de costas para mim, e quando ela se virou na cadeira senti um choque. O corpo elegante de uma mulher madura era o mesmo. O rosto era uma coisa redonda e intumescida, lisa, com pouco das verdadeiras e simpáticas feições de que eu me lembrava tão bem. Os lábios estavam enormes, com algo de genial, os olhos pareciam pequenos demais, e seu nariz adunco, em lugar de ter sido corrigido para um pouco menos adunco – embora nunca tivesse sido feio-, era uma pobre batatinha perdida numa paisagem hirta e inexpressiva.
Sei que no folclore a meu respeito consta entre outras coisas que sou “contra cirurgia plástica”. Nada mais incorreto e tolo. Eu mesma, viúva pela primeira vez aos 49 anos, de maneira súbita e brutal aos 51 tinha o rosto tão devastado pelo abalo que um amigo, excelente cirurgião, fez um lifting discretíssimo e pequeno, que não me rejuvenesceu – nem eu queria -, mas talvez tenha tirado um pouco do ar cansado e triste demais.
Portanto, sou a favor de recursos não para enganar o tempo, o que em geral acaba em resultados desfavoráveis e patéticos, pedindo sempre mais e mais intervenções, mas para abrandar, eventualmente corrigir. A fim de que a pessoa, homem ou mulher, se sinta bem na própria pele. Não para que aos 60 a gente pareça ter 30 anos, e aos 80 viva a melancólica ilusão de ter 50.
Não é a juventude que interessa, mas a felicidade e a alegria. Olhar-se no espelho e poder dizer: bem, esta sou eu, aqui está a minha história, o que for excessivo vou corrigir, mas não quero ser uma adolescente eterna, a não ser que minha alma permaneça infantilóide.
Observo uma atriz importante dando entrevista e na contraluz estão evidentes as marcas impiedosas de cirurgias, fios de ouro, ou seja lá o que for, e outras intrusões que aos poucos vão se manifestando. Logo virão novas intervenções para corrigir aquilo, e assim será, talvez, até o fim da vida. A não ser que um amigo, um familiar ou um médico piedoso lhe diga para parar, em lugar de se torturar numa busca irracional fadada ao fracasso. A angústia por manter-se jovem muito além dessa fase pode levar aos maiores desatinos. Como os modelos que se apresentam em nossa cultura superficial indicam que o bom é ter sempre 15 anos, se não tivermos alguma bagagem interior (o que inclui a cultural) para remar contra a correnteza, em breve faremos parte da legião de mutiladas, as quais têm pouco delas mesmas, peles fanadas expostas em decotes ousados de precários vestidinhos.
Nem todo mundo vai gostar do que escrevo aqui e digo em muitas palestras: dirão que madureza e velhice implicam doença e deterioração. Uma maturidade tranqüila e uma velhice elegante são mil vezes preferíveis à caricatura em que nos tornamos na busca do paraíso perdido, que é também uma ilusão. Pois a juventude nunca foi a melhor época da vida nem a única época interessante, embora possa cintilar e ferver mais. A cada fase da vida seu próprio encanto e, claro, suas próprias dores. Então, quem sabe a gente – homens e mulheres – procure gostar de si um pouco mais, trocando a fatal tentativa de negar o tempo por saúde, equilíbrio, beleza real e alegria, que fazem um bocado de falta neste mundo nosso.

O DESENCANTO DO CONSUMIDOR

IV - O DESENCANTO DO CONSUMIDOR

No anos 70 éramos uma coisa só, apelidadas pelo marketeiros de “mercado de massa”. Seduzidos pelos ícones de consumo daqueles tempos, queríamos possuir fogões modernos, geladeiras duplex, ares-condicionados, TV’s coloridas com controle remoto e, é claro, carros do ano. Estávamos permanentemente atentos às novidades anunciadas pela propaganda em comerciais divertidos ou didáticos. Tudo o que nos queríamos era chamar a atenção dos vizinhos, gritando bem alto: “Hoje eu também sou classe média.”.

Chegaram os anos 80 e com eles um estranho desejo. Bacana era ser diferente, único. Fazer parte da grande classe média já não tinha tanta graça assim. Bom era ter o carro do ano, mas um que mais ninguém tivesse. Individualistas e cada vez mais poderosos, passamos a querer tratamentos diferenciados, salas VIPs, filas especiais, recompensas pela nossa vacilante fidelidade. Para atender a nossas egocêntricas exigências, gurus de marketing desenvolveram conceitos como customização de massa, comunicação personalizada, database marketing. Embora relutantes no início, as empresas até que se esforçaram para tentar nos entender e atender.

Atualmente novos ventos começam a soprar mais uma vez. A vida ficou muito complicada e nos tornamos solitários demais nesta virada de século. Isolados uns dos outros e do mundo, não achamos mais tão divertido morar sozinhos, namorar pela internet, participar de aborrecidos “chats” e passear pelos 200 e tantos canais da nossa TV a cabo. Continuamos querendo ser tratados individualmente. Porém, nostalgicamente, desejamos voltar a pertencer a um grupo, uma tribo, uma religião, um clube qualquer, que nos aceite como somos e que nos conecte com outras pessoas semelhantes a nós.(Ler Maslow)

E como estamos reagindo hoje?

Não queremos bajulação das empresas. Conhecemos todos os seus truques de vendas. Sabemos distinguir o que é autêntico. Já temos tudo ou quase tudo de que precisamos. Enjoamos rápido de pseudo-novidades, como o celular com 200 ring tones, o relógio que indica também a direção do vento ou faz as quatro operações matemáticas no visor, a agenda e o celular que tiram fotos, a gravata mais larga ou mais fina ou o bico dos sapatos que muda a cada estação.

Vocês querem falar conosco? Então entendam isso de uma vez por todas - nós não estamos comprando só produtos ou serviços. Não acreditamos em promessas de exclusividade. Aliás, nem estamos mais interessados nisso. Trocamos de muito bom grado o exclusivo pelo inclusivo. Preferimos ouvir uma boa história do que mais uma piada nos seus comerciais. Queremos conhecer, isto sim, suas propostas sociais, se é que vocês têm uma. Estamos atentos ao que vocês dizem e fazem. Escolhemos nossas marcas como escolhemos nossos amigos, por identificação e afinidade. Parem de pensar somente nos lucros – já sabemos que não é nenhuma “palavra feia”. Vocês querem por a mão em nosso dinheirinho? Tudo bem. Mas primeiro vão ter que falar diretamente e conquistar nossos corações.

Escrevendo sobre a reflexão de “O (DES)ENCANTO DO CONSUMIDOR” assim se expressou a aluna PRISCILLA PEREIRA BATISTA:-


O consumidor do século XXI encontra-se muitas vezes perdido nesta selva capitalista, já que suas vontades e seus desejos estão muito além da compra do produto. Para encantar um cliente já não basta mais oferecer sonhos de consumo, pois vivemos sob novo julgamento de valores em que o dinheiro não deve comprar a dignidade e o respeito de ninguém.

Muitas empresas trabalham com sua filosofia pautada apenas no lucro, logo, mesmo que tratem mal seus públicos, havendo lucratividade para eles, nada é reanalisado. Mas, felizmente o jogo está começando a mudar. O que era um encanto tornou-se um desencanto: o consumidor deste novo milênio mudou seus juízos de valores, acreditando mais nos seus direitos enquanto cliente e cidadão, e menos nas promessas falsas de um capitalismo anti-ético.

O público está mais informado e também mais inconformado. Não só estão criticando mas exigindo seus direitos. O consumo existe há várias décadas, porém a visualização dos direitos do consumidor, só veio à tona em somente míseros 17 anos. O cliente consciente obteve uma vitória com o poder normativo, mas estamos muito aquém do ideal, do respeito que as relações de consumo deveriam ter.

Enfim com todas essas reformas legislativas que derivaram do cliente insatisfeito, muitas empresas começaram a mudar a forma de gestão. Novos conceitos e valores foram atribuídos tanto para encaixar-se na letra da lei, mas também porque começou a ter uma péssima demanda. O código de ética finalmente saiu da gaveta e os valores humanos estão aparecendo. Dificilmente, enquanto consumidores, saberemos se a real proposta da empresa é somente o lucro ou se realmente preocupam-se de maneira ética-responsável, porém, de uma maneira ou de outra, todas estão começando a ter que “dançar conforme a música”.

A ETERNA LUTA ENTRE CONSUMO E CONSUMISMO

III - A ETERNA LUTA ENTRE O CONSUMO E O CONSUMISMO
Os casais de meia-idade estão freqüentemente numa posição lamentável quando se trata de viver numa sociedade em que é vergonhoso envelhecer. Algumas mulheres e mais recentemente os homens, fazem papeis ridículos com suas plásticas exageradas que os deixa com a aparência deformada e artificial. Não se pode mais, viver orgulhosamente uma fase da vida de cada vez e descobrir nelas os devidos encantos (que de fato existem). Esse é um sintoma de negação da morte e dos limites do mundo narcísico.
As pessoas quando começam a perceber que as rugas são inevitáveis, que o cinza dos cabelos é um fato, e que a pele perdeu a elasticidade e está caída, comparam-se inevitavelmente com as imagens da juventude apresentada nos anúncios que inundam suas vidas. Resultado: depressão, com tinta ou sem ela. O envelhecimento é visto com af1ição e as pessoas não conseguem aceitá-lo porque na realidade, vêem-se com os olhos da mídia e não com seus próprios olhos. Tenta-se driblar o problema com hormônios, mesmo sabendo que dá câncer. Uma infinidade de cremes anti envelhecimento, prometem milagres que nunca se realizam, mas, nós, em nosso desespero os compramos todos.
A aparência vem em primeiro lugar e, para o narcisista, o futuro é agora. Mas ainda aí, quando as pessoas de idade se reportam aos jovens, poderíamos nos perguntar se uma pessoa jovem se sente bem. Sabemos que não. O drama não é a idade, mas sim o medo de não existir como entidade. Então ninguém se sente bem nunca, em nenhuma idade. Os jovens no mundo narcísico não se sentem nem felizes porque há sempre algo fora do lugar: eles mesmos. Daí o aumento do consumo de drogas em nossos tempos.
A bem da verdade o problema é muito complexo. Se essas crises com a idade trouxessem a possibilidade de uma ref1exão útil, tudo estaria ótimo. Mas a verdade é que não se consegue refletir. Essa é outra questão do consumo: você se preocupa com o consumo e gasta todo seu tempo pensando em como consumir e pagar o que vai consumir. Na medida em que as pessoas envelhecem afastam-se do mundo, tornam-se amargas, invejosas e feias. Mas o indivíduo mesmo assim consome, porque consumir é a única forma de estar vivo.
Consumir é viver. Essa é a única forma de estar participando da vida. O capitalismo e o consumismo têm suas raízes muito bem fincadas no sistema nervoso dos homens de hoje porque ele já estava com as raízes fincadas na cabeça de seus pais, muito antes deles nascerem.

MARKETING NO BRASIL E REFLEXÕES SOBRE O TEMA

I - MARKETING NO BRASIL

1.A Evolução Histórica do Marketing
2.As Escolas na Fase do Marketing
3.A Evolução das Definições do Marketing
4.O Admirável Mundo Novo

QUADRO 1 – A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MARKETING
Fases da História do Marketing
Período
Características
1. Fase de produto
De 1900 a 1925
Não havia preocupação com a venda e, praticamente tudo que era produzido era vendido.
2. Fase da venda
De 1925 a 1950
Na maioria das nações desenvolvidas, a preocupação era com a venda dos excedentes de produção
3. Fase do marketing
De 1950 a 1990
Consolidação e difusão dos conceitos de Marketing, segmentação, 4 P’s e teoria do comportamento do consumidor.
As escolas de marketing chegam ao Brasil e se consolidam.
4. Fase do marketing de relacionamento
De 1990 a Atual
Cresce a preocupação com a construção de relacionamentos duradouros, primeiro com os clientes, e atualmente com os demais stakeholders (públicos de interesse), buscando o benefício mútuo.
5. Fase do cybermarketing
De 1996 a Atual
A Internet e o comércio eletrônico mudam os hábitos de comunicação e consumo.
Surge o Cybermarketing e o marketing experimental.
Fonte: Adaptado de Cobra (2002)

QUADRO 2 – AS ESCOLAS NA FASE DO MARKETING
Evolução Histórica
Características
Escola do Comportamento do Consumidor
Criada no início da década de 50. Foco nos mercados consumidores, na informação demográfica de quantos e quem são estes consumidores. Ênfase nos produtos de consumo, finalizados e bens duráveis. Principais contribuições:- Katona (1953); Lazarsfeld (1955); Festinger (1957).
Escola Dinâmica Organizacional
Emergiu no final dos anos 50 e início dos anos 60. Foco no bem-estar do consumidor e necessidades dos membros dos canais de distribuição, como os fabricantes, atacadistas e varejistas. Principais contribuições:- Ridgeway (1957); Mallen (1963); Stern (1969).
Escola de Macromarketing
Criada no início dos anos 60. Foco nas atividades de marketing e instituições sociais. Surgiu como conseqüência do crescente interesse da função dos negócios na sociedade. Principais contribuições:- Holloway & Hancock (1964); Fisk (1967); Shawer and Nickels (1979); Hunt and Burnett (1982).
Escola de Trocas Sociais
Surgiu em meados dos anos 60. Foco nas trocas entre vendedores e consumidores e perspectiva interativa com respeito às transações de mercado. Principais contribuições:_ MacInnes (1964); Kotler (1972); Bagozzi (1974); Houston and Gassenheimer (1987).
Fonte: Adaptado de Miranda e Arruda (2002)







QUADRO 3 – A EVOLUÇÃO DAS DEFINIÇÕES DE MARKETING
Autor/Ano
Definição
Levitt
(1983, p. 90)
“Vender é manter um relacionamento. O que caracteriza é o tempo. Deve-se aumentar os esforços de marketing para os clientes existentes. Para o vendedor, a venda é o fim de um processo, para o comprador, é o início”.
McKenna
(1991, p. 69)
“O marketing de relacionamento representa uma forma de integrar o cliente à empresa, criando e sustentando o relacionamento entre a empresa e o cliente”.
Peppers e Rogers
(1993, p. 22)
“One-to-one (1 to 1) marketing é um tipo de marketing de relacionamento”. Para ser 1 to 1 a empresa precisa atuar focado no consumidor individual, seguindo a premissa de “tratar clientes diferentes de forma diferente”.
PricewaterhouseCoopers
(1999, p.12)
apud (Gummenson, 2005)
“O CRM é uma estratégia de negócios – uma atitude para funcionários e clientes – apoiada por certos processos e sistemas. O objetivo é construir relacionamentos a longo prazo, entendendo necessidades e preferências individuais – e dessa maneira agregando valor à empresa e ao cliente”.

RESUMO:
Lealdade → Fidelidade (hoje altamente discutível)
Informação → Conhecimento
Customização → Tratamento




4.O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Até bem pouco tempo atrás, atingir o público com campanhas massificadas era uma tarefa muito mais simples. Com a fragmentação da mídia – e da atenção dos consumidores –, a vida dos homens de marketing ficou complexa. Confira.
O CONSUMIDOR DE ONTEM
O CONSUMIDOR DE AMANHÃ
→ Estava preso a alguns poucos canais da TV aberta e a emissoras de rádio – e suas respectivas grades de programação
→ Tem infinitas opções de entretenimento eletrônico, com controle individual sobre o que assistirá e quando.
→ Era submetido a programas criados para agradar à média e atingir o maior número possível de telespectadores.
→ Encontra programas mais adequados a seu gosto – muitas vezes, esse conteúdo é doméstico, produzido por gente como a gente.
→Recebia informação apenas dos grandes veículos.
→ Divide sua atenção entre os veículos tradicionais e blogs, fotoblogs, podcasts e vídeo blogs.
→ Era alvo da comunicação massiva das grandes marcas.
→ Interage com as grandes marcas de maneira voluntária buscando sua publicidade preferida na Internet.
→ Estava preocupado apenas em seguir o padrão da maioria.
→ Deseja ser único – e mostra isso participando de comunidades e criando sua marca on-line.
→ Consumia mídia predominantemente nos momentos de lazer.
→ Sua vida existe em torno da mídia: do relacionamento com amigos no Orkut ao telefone celular.





II - REFLEXÕES

· Os adolescentes de hoje fazem parte de uma geração que, apesar do dinheiro contado no bolso, tem influência decisiva nas compras da família. Dentro de alguns anos, serão jovens adultos, o grupo mais desejado pela indústria de bens de consumo e pelas fornecedoras de serviços – e o marketing das empresas que quiserem conquistá-lo jamais será o mesmo.

· Para seus pais, a tecnologia é apenas um complemento de sua vida. Serve para comparar preço de um eletrodoméstico, acessar o site do banco ou agilizar a comunicação no escritório. Mas, na maior parte do tempo, as tarefas e as interações do dia-a-dia são feitas pelo bom e velho telefone fixo/celular ou, melhor ainda, pessoalmente.

· Para a geração digital, sem celular, comunidades online ou blogs, não há vida.

· Para operadoras de celular, bancos, montadoras de automóveis, fabricantes de desodorantes e jeans, vendedores de CDs e de protetores – entre milhares de outros produtos e serviços – já é vital entender a importância e a profundidade dessa transformação cultural e aprender a lidar com ela.

· A tecnologia digital permite que o mundo de informação seja fatiado em pedaços cada vez menores, que representam somente o interesse individual de cada consumidor.

· A geração digital está pronta para falar sobre empresas e produtos – e a ouvir o que se diz deles. Os adolescentes já participam ativamente de um grande bate-papo na Internet, sem que o marketing tradicional possa influir sobre o andamento da conversa. A caixa de ressonância não para de aumentar. Pela última conta havia 60 milhões de blogs no mundo. A cada dia 175.000 sites pessoais são criados.

· O consumidor jovem vai entrar num site, assistir a um anúncio ou visitar uma loja com base no conselho de um desconhecido que tenha boa reputação estabelecida na rede. Mas não fará o mesmo se a indicação vier de um vendedor.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O QUE SÃO OS EDITORIAIS?

O que são os editoriais?

· Textos de revistas ou jornais que expressam o posicionamento da empresa sobre algum assunto, sem se preocupar com a imparcialidade. Não só os editoriais exprimem a opinião do veículo, mas a organização das notícias, as manchetes, as intenções que deixam transparecer ao longo do material jornalístico.

Um jornal publica sua visão sobre fatos atuais, regionais ou nacionais, nos editoriais. Podemos dizer também que o editorial é um texto opinativo não assinado que reflete a posição coletiva da redação do jornal, revista, TV ou rádio. Editoriais não são notícias, são opiniões baseadas em fatos. Por exemplo, os editoriais podem criticar a atuação de autoridades públicas como o prefeito, o governador, ministros, Presidente da República, etc. Por outro lado, podem também elogiar pessoas por suas contribuições. Seja qual for o assunto, os veículos esperam que seus editoriais aumentem o nível de discussão na comunidade.
No jornal impresso / revistas, isto ocorre de duas maneiras que são familiares para o leitor: as cartas ao editor e os artigos de opinião editorial. As cartas estão sempre entre as seções mais lidas de um jornal, pois é onde os leitores expressam suas opiniões. Alguns jornais limitam as cartas a um determinado número de palavras, 150, 250 ou até 300, enquanto outros publicam cartas de qualquer tamanho. Os artigos de opinião editorial normalmente têm de 850 a 1000 palavras. Os jornais têm espaço para cartas ao editor e artigos de opinião editorial, disponíveis como parte de sua contribuição para o diálogo.
O editorial é dirigido por um redator que não trabalha no setor de notícias. Pessoas que trabalham em jornais chamam isso de "separação entre a Igreja e o Estado", o que significa que há uma linha que não deve ser ultrapassada entre notícia e opinião. Se esta linha for ultrapassada, o jornal perde seu bem mais valioso, a credibilidade. Por este motivo, os redatores em alguns grandes jornais são subordinados ao editor, que é o diretor-geral da empresa, e não ao editor-executivo (em alguns jornais ele pode ser). Seja qual for o modelo da organização, nenhum dos dois departamentos pode dizer um ao outro o que publicar no jornal.
Por ser uma manifestação do ponto de vista do grupo editorial, esse gênero jornalístico tem características especiais, que o diferenciam de outras formas de expressão opinativas, como o artigo ou a crônica. Nestas ultimas, os comentários a respeito de um fato ou de um ponto doutrinário se fundamentam em argumentos e idéias pessoais; no editorial a nota dominante é a impersonalidade.
Não é o que EU penso o que exprimo no editorial, mas o somatório do que pensa uma expressiva parcela da opinião pública, representada pelo grupo que fundou, orienta e mantem o jornal. As marcas da impersonalidade das editorias estão em duas características do gênero: - não ser assinado; - utilizar no texto a terceira pessoa do singular, ou a primeira do plural, o que psicologicamente confere maior autoridade aos conceitos expendidos. Exemplo: Este jornal tem advertido etc.; Freqüentemente temos advertido etc. Ambas as características salientam a irresponsabilidade legal do redator da matéria, pois, por ela responderá em juízo o diretor responsável do periódico, como representante do editor.
O texto do editorial é bastante condensado. Trata-se de um tipo de escrito que deve focalizar uma idéia central única, uma vez que, quando se quer exprimir várias idéias em um curto espaço, geralmente se cria confusão e não se pode concluir bem.
Características:
· Espaço ocupado não superior a ¼ de página;
· Composição em tipos maiores de sete pontos, com distância que facilite a leitura;
· Redação em linguagem simples, direta e incisiva, sem o uso de termos empolados e frases demasiados longas;
· Maior ênfase nas afirmações do que nas demonstrações, pois pretende atingir e convencer o leitor;
· Repetição regulada de idéias e conceitos, o que se poderia chamar de redundância relativa;
Vale dizer que as idades, as épocas, os séculos, os anos, sequer os meses, não dão a medida para o jornalista. O passado para ele é o dia de ontem.

O Editorial: Estrutura

De todos os gêneros jornalísticos, o editorial é, provavelmente, o de estrutura mais rígida e simples: 1) título; 2) introdução; 3) discussão; 4) conclusão, embora, em alguns casos, essas partes não estejam sempre divididas em unidades distintas.
O título, como de uma notícia ou de um texto de publicidade, objetiva atrair a atenção do leitor. A introdução visa despertar-lhe o interesse para que prossiga na leitura, que usualmente é muito breve, e consiste na formulação da notícia ou idéia que deu origem a matéria. Visa transformar a atenção espontânea do leitor, em atenção voluntária, despertar-lhe o interesse para saber o que o jornal tem a dizer sobre o assunto. A discussão expõe argumentos com vistas à interpretação dos fatos, onde o editorialista interpreta, analisa, debate os diferentes aspectos do tema. Aqui, há que expor as suas implicações, confrontá-lo com outros semelhantes, manipulá-lo, desintegrá-lo. Há que pensar não só como editor, mas como pensariam sobre o assunto os seus opositores. Há que antecipar-se às críticas e destruir previamente as objeções que seriam formuladas ao ponto de vista expresso. A conclusão pretende levar o leitor a aceitar a idéia exposta e enquadrar seu procedimento nas diretrizes traçadas. De qualquer modo, a conclusão, como adverte Mostaza [1] “... tem sempre de tomar partido, pois sua finalidade é aconselhar e dirigir a opinião dos leitores. Não se pode reservar: tem de decidir-se. O jornal esta, por essência, comprometido a dizer em voz alta, isto é, em letra de forma, o que pensa...”.


Fontes:
“Técnicas de Codificação em Jornalismo”, de Mário L. Erbolato – 1985 – 4º Ed., Vozes
“Jornalismo Opinativo”, de Luiz Beltrão – 1980 – 1º Ed., Sulina.






[1] MOSTAZA, B – “Editoriales”: in “El Periodismo – Teoria y Practica” – Barcelona 1953

A NARRATIVA JORNALÍSTICA

A NARRATIVA JORNALÍSTICA, ANUNCIAR, ENUNCIAR, PRONUNCIAR E DENUNCIAR
CONCISÃO
· Exposição das idéias em poucas palavras, com objetividade, informação precisa e enxuta, direto ao ponto. Utilize textos curtos, sem rodeios, excesso de adjetivos e dados desnecessários, ou explicações paralelas.
· Títulos, lides, subtítulos fortes, consistentes e com impacto.
· “Web”: Links pertinentes para informações complementares – que mostrem o fato noticiado e auxiliem o usuário a entender a questão, sem distraí-lo.
A NARRATIVA JORNALÍSTICA
· É todo e qualquer discurso capaz de expor, contar, relatar, referir, dizer minuciosamente. Envolve um mundo concebido como real, material e espiritual, situado num espaço determinado.
· Romance, conto e poema são diferentes formas de narrativa. Sem um “QUEM” e um “O QUE” não se pode narrar.
· Mesmo não sendo feita em primeira pessoa, a narrativa devera carregar em seu discurso um tom impressionista, que devera facilitar a aproximação entre o leitor e o acontecimento.

Resumo da ópera → Principais características de uma reportagem:
1- Predominância da forma narrativa,2- Humanização do relato,3 - Texto de natureza impressionista,4 - Objetividade dos fatos narrados
ANUNCIAR
· Ato de noticiar determinado fato, independente do número de acontecimentos que possam ocorrer, pois, só serão notícia aqueles que forem “anunciados”. Atenção ao fato, que deve ser recente, levando-se o anúncio deste imediatamente ao público. Um aspecto importante que diferencia a notícia da reportagem é a atualidade. Esta última oferece um detalhamento daquilo que já foi anunciado. Limitam-se as evidências.
ENUNCIAR
· Exprimir, declarar, expor, manifestar, ou seja, qualquer texto, oral ou não produzido pelo emissor. Não se percebe que há alguém narrando; mais parece a sugestão que os acontecimentos têm vida própria e se exibem diante do leitor, enunciando-se de forma autônoma.
PRONUNCIAR / DENUNCIAR
· Sutilmente uma NOTÍCIA pode vir a se pronunciar a respeito de um fato ou tema, imprimindo ao texto um caráter de julgamento preestabelecido, de avaliação do caso relatado, conduzindo o leitor na direção de um pronunciamento. Pode ter um caráter irônico e detrator, mas também pode ser construtiva, falando a favor de um movimento social, por exemplo, (MST); explicitamente opinativa, adquire muitas vezes o caráter de denúncia.

Fontes:“Técnica de Reportagem - notas sobre a narrativa jornalística”- Muniz Sodré, Maria Helena Ferrari, 1º Ed, 1986 Ed SUMMUS;Técnica de Codificação em jornalismo – Mario Erbolato

A PAUTA NO RADIOJORNALISMO

A PAUTA NO RADIOJORNALISMO

Quando abordamos o assunto “pauta” de forma geral, falamos em “suíte”, que é a seqüência ou a continuidade de uma notícia, que se dão quando um tema for deveras importante. Não confundir essa palavra com o inglesismo “switch”, que é o local onde está o controle de uma unidade de produção, normalmente composta por: - um estúdio, câmaras, telecine, vídeos, geradores de características e sonoplastia. Normalmente ali fica o diretor de TV.
No radio jornalismo o trabalho de pauteiro deve ir além da seleção dos assuntos do dia. Ele deve planejar reportagens exclusivas, tentando fugir do conceito enraizado de que o rádio não cobre o factual, limitando-se a repercutir os jornais.
Suas fontes, além das agências de notícias, podem ser a internet, reclamações de ouvintes, os próprios jornais, fax, relatórios de repórteres, revistas, acompanhando o noticiário de outros veículos, presenciando um fato na rua, etc. Uma iniciativa louvável de todo jornalista é sugerir pautas.
Os assuntos a serem enfocados na programação do dia a dia, o planejamento de reportagens para o dia seguinte, e a “suíte” são definidos em reuniões de pauta.
O texto da pauta tem de ser informativo, sucinto, com “lead/sublead”, pois serve de roteiro para o repórter. Perguntas podem ser feitas, desde que não caiam no óbvio. Qualquer material de apoio deve sempre estar anexado na pauta.
A dinâmica dos fatos sociais pode originar mudanças na pauta ou mesmo a queda desta.
O pauteiro, para ganhar tempo, deve incluir na pauta dados sobre os entrevistados, telefones, localização (endereços), e, se houver mais de um entrevistado, os locais de encontro não devem ser muito distantes um do outro, desde que sejam cobertos pelo mesmo repórter. Se ganha tempo.
Autorizações para que o repórter possa entrar em locais públicos / privados devem ser obtidas com antecedência pelo pauteiro, sem as quais a reportagem pode não se realizar.
Se a entrevista, por alguma razão deixar de ser realizada (“queda de pauta”), avisar imediatamente o entrevistado; não o deixe esperando.
Quando uma empresa fala somente por intermédio de assessores de imprensa, deve-se divulgar uma “nota pé” com a versão da empresa, atribuída à assessoria. Sem qualquer discriminação, as assessorias não são as principais fontes de informação.
Os “releases” podem ser tanto fontes de informação quanto de erros grosseiros, pois possuem fins específicos de divulgação. “Checar” sempre e avaliar o interesse do público.
Não deixar de prever na agenda os fins de semana e feriados, assuntos como lazer, esporte, competições, etc. Ao mesmo tempo em que se deve manter em “stand by” uma equipe para acontecimentos inesperados.
Informações não utilizadas na pauta de hoje podem ser úteis amanhã. Um bom arquivo é fundamental.

Fontes:
· “Aprender Telejornalismo”, de Sebastião Squirra, 2º Ed.
· “Manual de Radio jornalismo”, de Heródoto Barbeiro e Paulo Roberto de Lima, 3º Ed.

A PAUTA

A PAUTA: TUDO COMEÇA COM ELA. PROPOSTA E EXECUÇÃO DE PAUTAS DE REPORTAGEM

Pauta: Seleção de assuntos que serão abordados pelo veículo – impresso ou não – que, potencialmente, podem despertar interesse do leitor / telespectador / ouvinte etc.

Objetivos → A pauta define o objetivo da matéria, que deve ser clara indicando a razão da escolha do assunto e com que finalidade foi feita essa escolha.

Propostas de pautas → Comportamentos, saúde, família, moda, automobilismo, turismo, esporte, ciência e tecnologia, informática, astronomia, ecologia, meio ambiente, cultura, macro e micro economia, política, etc. Dependendo do veículo, podem existir várias editorias, e o trabalho do jornalista estará orientado para àquela finalidade. A pauta pode surgir através de um “press release”, que chega a redação através de um ofício, “e-mail”, “fax”, informando, por exemplo, a inauguração de um empreendimento de grande importância, a fusão ou aquisição de bancos, a presença futura de personalidades no país.

O resultado da execução da pauta → Num jornal impresso, por exemplo, ao final de cada dia, os editores de cada editoria reúnem-se com o editor chefe, onde cada editor discute o trabalho que foi desenvolvido (“vende seu peixe”) e saberá se a matéria “irá para as rotativas”, na primeira página, com chamada de texto, manchete, fotografia (a importância desta e o velho jargão:” uma foto vale mais que mil palavras”), a forma de edição de cada assunto principal, a diagramação etc. Discute-se inclusive, a continuidade de cobrir a matéria - dada a sua importância – fato esse que dá surgimento ao que denominamos SUÍTE, que é a seqüência ou a continuidade de uma notícia, pela sua “importância”, por conter novos detalhes ou por acompanhar um personagem. Nunca se deve perder o foco de quem é o nosso leitor / espectador / ouvinte / internauta, ou seja, para quem estamos comunicando. A linguagem a ser usada em cada veículo também é diferenciada. No rádio, por exemplo, as mensagens são curtas, boa qualidade de som e entrevistas preferencialmente gravadas, entre outras. No jornal de TV é importante o impacto das imagens, preferencialmente sem sensacionalismo.

Pesquisa → Pronta a pauta, é hora de pesquisar o assunto escolhido. Previamente verifica-se o que se sabe sobre o assunto, para evitar repetição e também descobrir possíveis falhas em abordagens anteriores. Ter sempre em mente que a NOTÍCIA poderá chegar ao público pelas formas mais diversas, daí a necessidade que a futura REPORTAGEM seja a mais cuidadosa possível, para que se possa manter a credibilidade dos veículos. Atenção especial aos “blogs”, que existe tanto para o bem, como para o mal; tanto para o bem da informação do público, quanto para o exercício da calunia.
É oportuno lembrar as palavras dos jornalistas Sidnei Basile e Eugenio Bucci em “Jornalismo Sitiado” quando se referem à credibilidade na imprensa: - “Acuidade, veracidade, integridade e – é bom não esquecer – humildade serão atributos importantes para que, no meio da Babel eletrônica, os cidadãos possam manter a confiança na imprensa, para que ela mantenha seu papel essencial na construção da democracia”.

Roteiro da Matéria
Cria-se uma ordem para a Reportagem da mesma forma que se faz um Roteiro para um filme, documentário ou novela de TV.

Roteiro do Jornalista
Para apurar uma matéria, as Fontes serão ouvidas (consulta ou informação).
Lembrar-se sempre que as tarefas devem ser cumpridas dentro de um tempo determinado, pois o “fechamento” de cada edição se dá segundo um cronograma de horários previamente definidos.

Fontes:
“Jornalismo – Teoria e Prática” – Prof. Pery Cotta
“Técnica de Reportagem” – Profs. Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari

CONCEITOS DE NOTÍCIA

CONCEITOS DE NOTÍCIA, “LEAD”, REPORTAGEM, E OS ELEMENTOS QUE AS COMPÕE. A FÓRMULA PARA NÃO ESQUECER.

Devemos exercer sempre o princípio da dúvida {É ou foi o que realmente aconteceu? Como estão contando para mim?

Toda história, como a moeda tem dois lados. Ambos devem ter ouvidos. Imparcialidade. É correto duvidar de tudo e de todos? Não se trata de uma posição pessoal. A Fórmula 3Q + POC e o 7º elemento: E daí?
Descartes (René) em “Princípios de Filosofia” (1596/1650), já sugeria, a quem investiga a verdade, “...duvidar de todas as coisas e tanto quanto possível”.
Não esquecer que somos a ponte entre o leitor e o acontecimento.

NOTÍCIA:

· É uma forma de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos.
· Tem valor apenas quando acabou de acontecer ou quando ninguém noticiou.
· Toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.

2.1. QUALIDADE DA NOTÍCIA: Quatro fatores influenciam:

· NOVIDADE → não deve repetir as notícias já conhecidas.
· PROXIMIDADE → quanto mais próximo do leitor ocorrer o evento, mais interesse a notícia gera.
· TAMANHO → grande ou pequena atraem atenção do público.
· RELEVÂNCIA → deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Atenção ao problema da banalização.



2.2. QUEM PROVOCA NOTÍCIA?

· Acontecimentos decorrentes de ações naturais (natureza, animais, etc)
· Personalidades (ação / omissão de pessoas), celebridades (às vezes desprezíveis pela sociedade), famosos (artistas, músicos, escritores, cientistas, etc.).


REPORTAGEM: É a atividade primária do jornalismo. Definimos como observação atenta e a descrição de eventos, fatos ou acontecimentos, enriquecidos pela capacidade intelectual, sensibilidade, criatividade e narração fluente do autor.
Alberto Dines chama de “meio caminho entre o jornalismo e a literatura”.

3.1. TRABALHO JORNALÍSTICO: Quatro etapas distintas:

A) PAUTA → Seleção dos assuntos que serão abordados. O que pode despertar interesse.
B) APURAÇÃO → Averiguar a INFORMAÇÃO em estado bruto (dados, nomes, números, etc), os documentos que foram conseguidos, as pessoas (FONTES) que forneceram os dados.
C) REDAÇÃO → Tratamento das informações apuradas em FORMA de texto verbal pode resultar num texto para ser impresso (jornais, revistas) ou para ser lido (TV, rádio, cinema, “sites”).
D) EDIÇÃO → Finalização do material redigido em PRODUTO de comunicação; confere sentido geral às informações obtidas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso consiste em revisar e cortar textos para enquadrar-se em espaços pré-definidos (ATENÇÃO AO “PRESS RELEASE”). No radiojornalismo é um “recorte / cole” de trechos sonoros junto a textos de locução e no telejornalismo ganha o adicional de imagens em movimento, “ganchos”, etc.

“LEAD”: Uma boa forma técnica é a de hierarquizar as informações, apresentando-as no texto em ordem decrescente de importância, que chamamos de “PIRÂMIDE INVERTIDA”, ou seja, base para cima – início do texto – e vértice para baixo – assuntos menos relevantes. O primeiro parágrafo, que deve conter as principais informações da matéria, chama-se “LEAD” (alguns até incluem a fórmula 3Q + POC).

Assim, MANCHETE, “LEAD”, e a MATÉRIA (REPORTAGEM), admitindo-se, nesta última, capítulos agrupados por temas.