sexta-feira, 28 de agosto de 2009

ÉTICA

ÉTICA


Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, JJ Rousseau – Contrato Social, Spinoza, Kant, Hegel, etc..

Do Hebraico:- “Ética é a filosofia dos valores humanos”.

Jeremias Bentham (1748 – 1832) introduziu o termo DEONTOLOGIA na nomeclatura filosófica:-

DÉON – grego – o que é conveniente, obrigatório, que deve ser feito.

LOGIA – grego – o conhecimento metódico, sistemático e fundado em argumentos e provas.

Assim:- “a ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, ou, norma que dirige o comportamento humano.

Para Erich Fromm (1900 – 1980) “As fontes das normas para uma conduta ÉTICA encontra-se na própria natureza humana”.

Ética médica, advocatícia, jornalística, publicidade, comercial, política, empresarial.


Reflexões:-

1- A ética é o fundamento da sociedade, da justiça. Sem esses valores, não existe a comunidade humana, é a volta da barbárie, da revolta. Não há que se falar em sociedade sem ética. Ela é indispensável a qualquer atividade humana, seja ela publica ou privada, e acima de tudo o princípio fundador de uma civilização democrática e justa; faz-se necessário sejam respeitados os princípios básicos das relações humanas.

2- Diz-se que atravessamos uma “crise de valores morais” que se refletem na falta de respeito às leis e na carência de credibilidade de quem detém o poder, daí a necessidade de voltar-se para os princípios éticos na esperança de redefinir valores que sejam aceitos, e propiciem harmonia na convivência de indivíduos e grupos, e, enquanto existirem, entre dominantes e dominados. É algo a perseguir.
“Boas maneiras” nas ações de e-mail marketing


A Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) elaborou esta relação de “Boas maneiras” para contribuir na estruturação de ações de e-mail marketing. Trata-se de uma série de recomendações que conduzem a uma utilização ética, pertinente e responsável do e-mail como ferramenta de marketing. Estas orientações se fundamentam no respeito aos destinatários das ações e, também, no uso adequado da internet, o que certamente contribuirá para as empresas alcançarem os resultados desejados e construírem um relacionamento sólido e de confiança mútua com clientes e prospects.

1 - Ética. Atuar dentro do Código de Ética da ABEMD, que conceitua detalhadamente as boas práticas no Marketing Direto.

2 - Opt in. O primeiro recebimento é muito importante, porque marca o início da relação. É preciso ter permissão para prosseguir o relacionamento, por meio do opt in do receptor, tanto quando ele procura como quando é procurado.
Quando é a pessoa quem procura a empresa, o campo onde é feita a opção pelo recebimento da mensagem deve estar visível e com descrição clara do produto ou serviço oferecido.
Quando é a empresa quem procura a pessoa, tratando-se do primeiro contato deve-se informar como foi possível chegar a ela, explicitar o produto ou serviço oferecido e apresentar de forma visível a alternativa opt in. Se a pessoa não responder o e-mail com essa alternativa assinalada, deve-se entender que não deseja receber novas mensagens.
3 - Opt out. Toda mensagem precisa ter opt out. É prerrogativa do receptor decidir o momento em que não quer mais receber mensagens de determinado emissário.

4 - Uso do endereço eletrônico. Quando houver cadastro prévio, deve ficar claro que o endereço eletrônico poderá ser utilizado para o envio de mensagens comerciais, ou seja, na geração de leads próprios ou, se for o caso, repassado também com a finalidade de envio de mensagens comerciais. E o receptor deve manifestar sua concordância com isso.

5 - Tamanho dos arquivos. Procure sempre limitar o tamanho dos arquivos enviados, seja no corpo das mensagens ou nos anexos. Deve-se ter sempre em mente o público da média inferior em capacitação tecnológica (software, hardware e modalidade de conexão). Sugere-se mensagens no formato txt ou html, este último com tamanho máximo de 12 KB, e que as figuras (gif’s) não estejam anexadas na mensagem, mas sim localizadas em servidor próprio.

6 - Auto-executáveis. Não devem ser enviados arquivos com auto-funcionamento. Os auto-executáveis são arquivos que os programas gerenciadores de e-mail conseguem ler e interpretar, iniciando automaticamente algum processo que não é necessariamente desejado pelo receptor. Essa modalidade de arquivo também torna o sistema vulnerável à transmissão de vírus (voluntária ou não).

7 - Relevância. O consumidor não se incomoda em receber uma mensagem de cunho comercial, desde que seja relevante para ele. Portanto, preocupe-se sempre com o conceito de relevância.

8 - Freqüência. Deve-se preferencialmente oferecer ao cliente que assinale a opção de sua preferência na freqüência de recebimento de informações ou solicitar que ele opte entre as diversas alternativas de periodicidade que lhe são oferecidas. Quando não for possível oferecer que faça a opção, deve-se deixar claro qual a freqüência de envio das mensagens.

9 - Política de relacionamento. É sempre conveniente que se tenha clareza na política de relacionamento adotada, o que pode ser feito por meio de um contrato/compromisso assumido formalmente com o consumidor.

REAPRENDENDO A OUVIR

REAPRENDENDO A OUVIR

“Ouça uma centena de vezes. Pondere mil vezes. Fale uma vez só”.(Anônimo)
“Não sabendo escutar,também não sabem falar”.(Heráclito de Êfeso – frag.2000 AC)

ESCUTAR é igual receber informações. OUVIR é a arte de prestar atenção com a mente focada na compreensão da mensagem que está sendo transmitida. OUVIR exige manter contato visual, observar a linguagem corporal de quem fala e perceber nas entrelinhas o que está sendo dito.
Os jornalistas são treinados ativamente na arte de ouvir e em seguida contra – argumentar com perguntas inteligentes, enriquecendo o diálogo e as informações.
A melhor forma de estabelecer um relacionamento positivo com os clientes é se mostrar verdadeiramente interessado neles. Quando lhes ganhar a confiança, o resultado será imediato, através do sucesso em sua empreitada, seja lá qual for.
Em negócios ou em idéias, vejo a comunicação como uma partida de pingue-pongue, onde os “players” querem ganhar o próprio ponto. Mas parar para entender as diferenças nos pontos de vista pode transformar “adversários” em verdadeiros parceiros.
As pessoas não conseguem escutar até que tenham sido ouvidas; elas precisam desabafar, falar sobre suas necessidades, vontades, esperanças, sonhos, medos, ANTES que você fale. É como tentar botar mais água num copo cheio. Há que esvaziá-lo.
Na atualidade é grande o número de pessoas que ouvem mas não escutam, vivem mas não existem, falam mas nada dizem.
Pensar que DIALOGAM quando só sabem COM – VERSAR, i.é., versam sobre vários assuntos, mas não sabem ser sujeitos de seus atos, não se incluem no cenário. Nunca erram. Nunca praticam a MAIÊUTICA de Sócrates, que é a arte de parir idéias, que só é possível através do exercício do diálogo.
Desconhecem a realidade das palavras; nem todos arrumam tempo para amadurecer a verdade que às vezes é dura e cruel; nem todos têm coragem para reconhecer o sentido oculto das palavras – o estilo de linguagem irônico, fino, elegante (Millor, Veríssimo); nem todos simplesmente se importam com o que o outro quer lhe dizer.

Caia sete vezes. Levante- se oito. (Provérbio Japonês)

1. Você é um cavalo - ela é louca
3. Você é um cavalo - conspiração
10. Você é um cavalo – compre uma ferradura e agradeça pelo “feedback”

REFLEXÃO:
I - O diálogo passa a existir quando há interesse e espontaneidade dos sujeitos de trocarem a experiência de seus mundos internos, alternadamente.
II - Se nos encontrássemos daqui a três anos, o que precisaria acontecer para que você se sentisse feliz a respeito do seu progresso?

Escrevendo sobre a reflexão de “REAPRENDENDO A OUVIR” assim se expressou a aluna PRISCILLA PEREIRA BATISTA:-

Quem diz que é sábio nunca o é realmente. Saber ouvir é uma arte que não deve ser usada como troféu. Quem fala demais não tem tempo para refletir sôbre suas próprias palavras. Muitas vezes pensamos que ouvimos muito bem, mas esta é uma sensação ilusória. O ato de reflexão requer atenção e dedicação; muitas vezes não damos tanto valor ao que o outro nos diz, acreditando sempre que nosso discurso é mais interessante.

Dizer o que pensamos é reafirmar nossos próprios valores, ouvir é aprender que sua opinião não deve ser imutável. O outro sempre tem muito o que falar, mas o verdadeiro sábio analisará, decodificará, interpretará e aprenderá muito com isso, usando estes novos conhecimentos a seu favor.

Com isto pode-se afirmar que empresas interessadas nas reclamações, pedidos e sugestões de clientes podem crescer muito com esta atitude. Criar uma filosofia, uma política, uma nova formar de encarar as coisas, é, por conseqüência, uma atividade de reaprender a ouvir. A atitude surda demonstra um ato de desmerecimento com seus públicos e uma imaturidade empresarial. Portanto, não é só destampar os ouvidos, mas usar as informações como armas para um novo planejamento estratégico, isto sim é ser sábio.
Escrevendo sobre a reflexão de “O (DES)ENCANTO DO CONSUMIDOR” assim se expressou a aluna PRISCILLA PEREIRA BATISTA:-


O consumidor do século XXI encontra-se muitas vezes perdido nesta selva capitalista, já que suas vontades e seus desejos estão muito além da compra do produto. Para encantar um cliente já não basta mais oferecer sonhos de consumo, pois vivemos sob novo julgamento de valores em que o dinheiro não deve comprar a dignidade e o respeito de ninguém.

Muitas empresas trabalham com sua filosofia pautada apenas no lucro, logo, mesmo que tratem mal seus públicos, havendo lucratividade para eles, nada é reanalisado. Mas, felizmente o jogo está começando a mudar. O que era um encanto tornou-se um desencanto: o consumidor deste novo milênio mudou seus juízos de valores, acreditando mais nos seus direitos enquanto cliente e cidadão, e menos nas promessas falsas de um capitalismo anti-ético.

O público está mais informado e também mais inconformado. Não só estão criticando mas exigindo seus direitos. O consumo existe há várias décadas, porém a visualização dos direitos do consumidor, só veio à tona em somente míseros 17 anos. O cliente consciente obteve uma vitória com o poder normativo, mas estamos muito aquém do ideal, do respeito que as relações de consumo deveriam ter.

Enfim com todas essas reformas legislativas que derivaram do cliente insatisfeito, muitas empresas começaram a mudar a forma de gestão. Novos conceitos e valores foram atribuídos tanto para encaixar-se na letra da lei, mas também porque começou a ter uma péssima demanda. O código de ética finalmente saiu da gaveta e os valores humanos estão aparecendo. Dificilmente, enquanto consumidores, saberemos se a real proposta da empresa é somente o lucro ou se realmente preocupam-se de maneira ética-responsável, porém, de uma maneira ou de outra, todas estão começando a ter que “dançar conforme a música”.

ESTREITANDO RELACIONAMENTO NAS RELAÇÕES COM CLIENTES

ESTREITANDO RELACIONAMENTO NAS RELAÇÕES COM CLIENTES
→“ O conhecimento e a prática das normas que regem o comportamento no mundo dos negócios, geram benefícios imediatos...” (“tirando proveito da cortesia ”, de Mary Alden Hopkins ).
→O Carnegie Institute of Tecnology analisou dados de 10.000 pessoas. Os resultados:
15% = o sucesso delas deveu-se a treinamento técnico, inteligência e habilidade;
85% = fatores de personalidade e habilidade em conduzir pessoas.
→A Universidade de Harvard analisou milhares de pessoas. H e M, despedidos de seus empregos e o resultado foi: de cada 3 que não cumpriram seus trabalhos, 2 o foram por não conseguirem relacionar-se com os demais funcionários.
→Segundo Albert E.Wiggan, em outra análise com 4.000 pessoas que perderam emprego em 1 ano, verificou que: 10% (400) fracassaram por incompetência; 90% (3.600) não desenvolveram personalidade para relacionar-se com pessoas.
→Com treinamento, você aprende a ouvir e a falar na hora certa , com a entonação adequada.
A forma de cumprimentar as pessoas, fazer apresentações, vestirem-se e comportarem-se durante entrevistas, também podem ser aprendidas.
→Ao criticar, procure fazê-lo construtivamente, transforme reclamações em vendas, aprimore o relacionamento com os colegas e clientes de temperamento difícil, apresente idéias, sugestões, projetos, com eficiência. Não deixe arestas em suas discussões. Tudo isso possibilita a adesão de códigos que respeitam os interlocutores como pessoas, com suas sensibilidades e individualidades, lembrando que há pessoas que têm enormes dificuldades em relacionar-se com seus iguais, quando saem da frente de seus computadores e tem que... FALAR.

AS FONTES NO JORNALISMO

AS FONTES NO JORNALISMO
O jornalismo pode ser definido como uma atividade profissional cujo objetivo é investigar, reunir, contextualizar criticamente e transmitir com regularidade ao grande público, ou a segmentos dele, informações da atualidade, por meio de veículos de comunicação.
Seu trabalho é materializado através do jornal impresso, revista, rádio, TV, internet. Gera o que poderíamos denominar de “indústria da informação” – exigindo cada vez mais técnicos capacitados -, caracterizando-se como atividade industrial, mas, não é um formador de um produto qualquer, como um sabonete, uma camisa, um sapato. A sociedade precisa de explicações para exercer a cidadania e sobreviver, principalmente sobre os acontecimentos com maior capacidade de desorganizar ou reorganizar a vida social.
A pergunta que se faz é: como o ser humano poderá se tornar protagonista de seu próprio destino, se não sabe o que está acontecendo a sua volta? Outra questão: como viver num permanente estado de alienação, sem o mínimo de informação? Dessa forma, fica evidenciado que o jornalismo está associado a dois pilares da democracia contemporânea: o Direito a Informação e o Direito a Opinião.
Sob esse aspecto, jornalismo e fonte, intimamente ligados, são protagonistas da democracia, ainda que a notícia na qual a fonte esteja envolvida possa não ser das melhores ou das mais dignas: - um escândalo, uma crise, um acidente, são exemplos típicos do que imediatamente se transforma em notícia – simplesmente porque são surpreendentes, incomuns, fogem da rotina.
Em contrapartida também a fonte tem o direito de procurar o jornalista, objetivando divulgar informações que considere importantes. Não é só o assessor de imprensa que executa essa missão, porém, em princípio, qualquer pessoa que detenha informações relevantes para a sociedade, tem o direito e o dever de tentar socializá-las.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
A Constituição Federal do Brasil, promulgada em 1988, através do artigo 5º estabelece, entre outros:
IV- É livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato;
V- É assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou a imagem;
IX- É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
XIV- É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional;
E mais os artigos 220 e 221:
CAPÍTULO V – DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 220: A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado ou disposto nesta Constituição.
Art.221: A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I- ...
II- ...
III- ...
IV- Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Assim, com o amparo legal que a fonte tem, não há o que temer quando “socializar” uma informação à imprensa, que precisa oferecer ao seu público, notícias independentes, autônomas, críticas, confiáveis, capazes de explicar a vida social, uma vez que o negócio não é promover pessoas ou organizações. A existência da imprensa depende da credibilidade atribuída pela sociedade às informações por ela geradas. Parcialidade, promoção, endeusamento são tudo o que o público não quer da imprensa.
Não podemos olvidar do papel que representa a assessoria de imprensa. O surgimento delas contribuiu decisivamente para a profissionalização do setor de informação pública, com delimitação clara de posições, tanto do lado de quem fornece à informação quanto de quem a coleta. Fica mais nítida a posição do repórter como agente do público, sujeito muitos vezes ao contexto das relações econômicas e de poder de que nada escapa da sociedade – certamente não as empresas jornalísticas.
ATRIBUTOS QUE A FONTE PODE OFERECER
Preferencialmente:
a) Seu contexto deve referir-se a fatos, bens, serviços, decisões que alteram ou explicam o mundo presente das pessoas;
b) A informação deve estar próxima da realidade do público a que se destina;
c) Deve faze referencias a pessoas, lugares, datas e temáticas conhecidas;
d) Deve valorizar suas conseqüências para vida das pessoas;
e) Indicar eventuais conflitos de interesses;
f) Indicar novos conhecimentos se for o caso;
g) Acentuar seu caráter utilitário se houver.

Bibliografia:
Chaparro, Manoel Carlos – “Jornalismo na fonte” – Brasilia – Banco do Brasil, 1996.
Duarte, Jorge (Org.) – “Assessoria de Imprensa e relacionamento com a mídia” – 2º Ed., Ed Atlas, 2009.
Lage, Nilton – “A reportagem, teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”- 1º Ed., Record, 2001.

COMO FAZER UMA RESENHA

COMO FAZER UMA RESENHA – ANDRÉ GAZOLA – BENTO GONÇALVES (WWW.LENDO.ORG/COMO-FAZER-UMA-RESENHA)


Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.

O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.

Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.

No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.

Tipos de Resenha

Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.

Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:

1.Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2.Apresente a obra : situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3.Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5.Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.Recomende a obra : Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7.Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.

Finalmente, na resenha temática , você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

1.Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2.Resuma os textos : Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3.Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4.Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
5.Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.

A VERDADE SOBRE O "PRESS RELEASE"

A VERDADE SOBRE O “PRESS RELEASE”

A assessoria de imprensa tem como tarefa principal influenciar algo que não controlam:- o conteúdo da mídia. Na tentativa de fazer com que os seus clientes saiam nas mídias eletrônicas e escritas, enviam “press release” – que trazem informações às vezes valiosas, às vezes irrelevantes, e as vezes engraçadas – para os principais órgãos da imprensa.

Na Editoria de Negócios dos principais jornais, chegam, todos os dias, aproximadamente, mais de 100 “releases” – por carta/ ofício, “fac-símile”, “e-mail”, etc., sem contar os inúmeros telefonemas, de apressados jornalistas, relações públicas, e outros.


PIORES

Os piores “releases” procuram imitar reportagens, e são enviados aos órgãos de imprensa, principalmente na área de negócios, como se constituíssem material jornalístico. São escritos em laudas, trazem títulos jornalísticos e assinatura do repórter. Raramente são lidos por serem muito compridos.

Chega a ser espantoso que empresas especializadas em “comunicação” desconheçam que órgãos de imprensa conceituados, em qualquer lugar do mundo, muito dificilmente publicam material de divulgação em forma de reportagem.

Consultando o “Manual Geral da Redação” da Folha verificamos que ele é claro a respeito:- “Como se trata de informação que a fonte tem interesse explícito em divulgar, deve ser vista com precaução. Na maior parte das vezes, os “releases” são úteis apenas como subsídio para o trabalho jornalístico, que jamais pode basear-se neles.”

Além de não ser lido, e muito menos publicado, o “release” apresentado como material jornalístico pode irritar o editor, uma vez que põe em questão a sua integridade enquanto profissional.

NOVIDADES

A forma e o conteúdo dos “releases” refletem a tarefa do assessor de imprensa, que procura convencer os jornalistas de que seu cliente é notícia. Não é por acaso que as palavras mais usadas nos “releases” – que não variam muito entre si – são “novo”, “novidade” e “inovação”.

Num “release” da WY Comunicações, por exemplo, a palavra “nova” está no título, inicia a primeira frase, e derivantes da palavra aparecem mais três vezes num texto de 28 linhas. A Manager Comunicação chega a usar “novo” ou “novidade” em quatro das cinco frases de um “release” da “Philips”.

Tanta insistência funciona negativamente, uma vez que muitos jornalistas lêem o “release” para ter certeza de que não estão perdendo nada, ao menos em áreas como negócios, turismo e moda.

Os melhores “releases” são sucintos e chegam logo ao ponto. Servem para sugerir pautas, e em geral, são vistos como úteis pelos jornalistas, principalmente quando trazem, de fato, alguma novidade.

Como sabem os assessores de imprensa eficientes, um bom “release” pode facilmente resultar no que os norte-americanos – que devem entender dessas coisas – chamam de “media exposure”, ou seja, visibilidade na mídia. Para tanto um “release” precisa trazer informações efetivamente novas e interessantes.


A “RELEASE MANIA” - ALGUMAS OPINIÕES


O jornalista Rangel Cavalcante (“O vírus da desinformação que ataca a imprensa”, Jornal do Brasil (Caderno B), p. 1), numa rápida pincelada sobre a história do “press-release”, diz que ao aparecer nos Estados Unidos, essa peça

“era um complemento de informações, uma espécie de roteiro, distribuído antes de entrevistas e atos formais, para facilitar o trabalho dos repórteres. Estimulado pelo uso permanente na empresa privada, o “release” chegou à Imprensa brasileira, deformou-se e hoje é um dos piores males enfrentados pelos meios de comunicação. Virou boletim de propaganda, instrumento de culto à personalidade no serviço público, trazendo tudo o que não interessa ao leitor.”

Nesse pequeno quadro que traça o caminho do “release” dos Estados Unidos até o Brasil, transformado – segundo Cavalcante – no vírus da desinformação brasileira que ataca a imprensa, nota-se um aspecto que vem sendo a tônica central das discussões a respeito dessa peça: a de que o “press-release” é um mal, inútil e quem o faz é um vilão defensor da imprensa e do sistema capitalista que a suporta.

Felizmente, porém, existem aqueles que preferem deixar de lado as análises emotivas sobre o “press-release” dando ares a um estudo bem mais profundo dessa peça que não pode ser dissociada da nossa realidade, principalmente aquela na qual se desenvolveram jornalistas e relações públicas no Brasil.

As discussões a respeito do “press-release” e sua importância dentro do cenário nacional das informações tem merecido grande espaço na pauta daqueles que procuram esclarecer melhor o assunto.

Audálio Dantas (“Press-release e acomodação”, in Unidade, p. 3), por exemplo, diz que “se a informação distribuída por esse meio, geralmente em forma de notícia pronta para publicação, é ou não correta, se é ou não de interesse público, cabe ao jornalista que a recebe julgar.”

Realmente, cabe ao jornalista receber o “press-release”, checar a fonte, investigar o fato, descobrir o que há por trás daquela notícia e aí sim utilizá-lo como pauta ou mesmo publicá-lo sempre reelaborando-o. Mas isso não quer dizer que o relações públicas (ou quem quer que seja) não tenha também a sua parcela de responsabilidade na elaboração do “release” e na sua conseqüente distribuição a imprensa. A simples observação leva-me a concluir que em muitos casos o “press-release” poderia ser perfeitamente dispensável cedendo lugar ao contato direto assessor/editor ou repórter.

Vamos, portanto, esclarecer mais uma vez: assessoria de imprensa é uma das atividades desenvolvidas por uma agência ou departamento de Relações Públicas.

Relações com a imprensa é uma das armas de RP, mas sozinha não é Relações Públicas; é Jornalismo. Relações Públicas é um conjunto de atividades desenvolvidas em caráter permanente e organizado.”

Ainda na mesma exposição, uma outra lembrança do saudoso profissional:

“Deve-se condenar, por exemplo, “aquele profissional, entre aspas, que manda o “press-release” e no dia seguinte liga para o editor reclamando a não publicação. E se não consegue a publicação, dá um jeito de falar com um amigo do editor, e assim começa todo um esquema do processo.”

Hoje em dia, o profissional que produz um “press-release” deve fazer com que o empresário/cliente saiba que a informação não vai ser publicada exatamente do jeito que este aprovou. Pelo contrário, ao aprovar um “press-release”, a pessoa da empresa responsável deve estar certa de que o “release” desencadeia um processo de informação que poderá ampliar-se e abranger outros setores afins.

Infelizmente, porém, o aproveitamento do “press-release” como notícia pronta, acabada, é cada vez mais freqüente. Para muitos editores, hoje, o papel que chega à sua mesa de trabalho, recebe a chancela de notícia final e, como tal, é publicada. Assim o dever que tem todo o bom jornalista de analisar, indagar, questionar a informação que recebe, vai aos poucos sendo relegado a segundo plano diante da avalanche de “press-release”.

Sem se contar o problema de que alguns empresários donos de jornal valem-se do “press-release” para encher páginas de jornal e assim economizar mão-de-obra. Para que contratar mais um repórter se há quem forneça notícia pronta?

A QUEM INTERESSA A “NOTÍCIA PRONTA”

Em nossas discussões à minha afirmativa que há sempre um interessado nas “notícias prontas” causava espécie. Vejamos por que:-

Luiz Ismar D’Angelo Netto, jornalista e diretor do jornal de bairro São Paulo Zona Sul, nos dá uma idéia da importância do “release” como fonte para o seu jornal:-

O “release” é a melhor coisa do mundo, pois a maioria dos jornais de bairro, como o meu, não têm estrutura para comportar repórteres. As matérias são feitas através de “releases”.”

Ao contrário de D’Angelo Netto – que vê os “releases” com bons olhos –, o chefe de reportagem da Gazeta Mercantil diz que a proliferação dessas notícias e sua veiculação constituem nos problemas mais sérios da imprensa hoje.

“Acho que a imprensa brasileira, por uma série de razões, se tornou extremamente dependente das fontes. É uma imprensa que não questiona jamais as fontes; vai engolindo o que elas empurram. E é o que a gente lê nos jornais. Às vezes, o sucesso de um jornal começa a existir exatamente porque ele resolve questionar a fonte e questionar todo o problema que envolve a imprensa de modo geral.”

Um dos exemplos mais significativos dessa dependência dos jornais brasileiros do “press-releases” é atestado pela notícia publicada pela sucursal de Curitiba do Jornal do Brasil, à época do Governo de exceção.

“Praticamente todos os jornais paranaenses não terão condições de sobreviver sem o seu “press-release”, pois se formaram e se desenvolveram sobre a comodidade da informação oficial. A opinião é do jornalista Mussa José Assis, diretor do matutino O Estado do Paraná, à respeito da decisão anunciada pelo governador Ney Braga, de acabar com a divulgação de “press-releases” pelas assessorias governamentais.

Na ocasião, afirmou o jornalista Luiz Geraldo Mazza, diretor de Jornalismo da TV paranaense: “Os jornais, as rádios e as televisões ficaram de tal forma condicionados à indústria do “press-release” que, sem sua existência, dificilmente terão condições de fechar suas edições.”
Se o assunto “press-release” se restringisse apenas ao “release” como fonte de informação, poderíamos voltar nossos olhos especificamente para o desenvolvimento da credibilidade das fontes. Mas o envolvimento jornal/empresa através do “press-release” é muito maior.

O empresário Jayme Sirotsky, vice-presidente da Rede Brasil Sul de Comunicações, diz que “as grandes agências de propaganda exercem pressões sobre os veículos de Comunicação para a publicação de “press-releases” que contenham informações de seus clientes ...”

Há inclusive muitos casos de distribuição de “release” via departamento comercial, sem falar nos casos em que o cliente telefona diretamente para a direção do veículo de Comunicação e consegue a publicação da matéria desprestigiando a própria agência de publicidade.

Ainda com respeito à imposição colocada pelas empresas, mostramos dois exemplos:-

João Roberto Fontana, editor de Variedades do Diário do Grande ABC, diz ter restrições quanto ao uso da palavra imposição. O que ocorre – explica – é que muitas vezes a pessoa percebe que determinado “release” deve ser publicado pois ela está de uma forma ou outra ligada a determinados grupos.

Já seu companheiro de jornal, Nélson Dutti, repórter político, diz que a imposição é exatamente o termo.
“Num jornal, como em qualquer outra atividade, estamos sujeitos às diretrizes da empresa e essa vive em função de interesses gerais e particulares. Na medida em que existe um interesse particular da empresa que acredita ser relevante, eles lhe dão uma orientação para a publicação do “press-release”. Agora, o que é bom fazer é dar um trato, uma moldada nele.”

Quanto a publicar um “release” esperando o anúncio, ele diz que o jornal é uma indústria de informação cujo produto final é a notícia e como indústria ela tem o poder de barganhar.

“Ela quer vender seu produto e espera o retorno. O que sustenta um jornal efetivamente não é a venda nas bancas, é a venda em publicidade. Quer dizer, em função disso é perfeitamente plausível a possibilidade de se publicar um “press-release” esperando-se um retorno, mas não é freqüente.”

AFINAL, COMO CONSTRUIR UM “PRESS RELEASE”

1. Para jornais e revistas – via “e-mail” ou não – usa-se NOTÍCIA ANALÍTICA =
3 Q + P + O + C
Quem Porque Onde Como
Que (o)
Quando

· O Título
· O título do press release deve ser breve, claro e direto ao ponto. Use os títulos e os subtítulos do seu press release como versões compactas de todo conteúdo.
· Geralmente títulos de press release devem ter o estilo de uma notícia ou de um anúncio, a fim de atrair jornalistas e leitores. Pode descrever a última conquista de uma organização, um novo evento, um novo produto ou serviço. Por exemplo, “Empresa XYZ anuncia parceria estratégica com a Empresa ABC”.
· Títulos são escritos em negrito e centralizado na folha, sendo tipicamente maiores (em tamanho 20 por exemplo) do que o texto de press release. Os títulos incluem o uso de tempo presente, sem usar “um (a)” e “a”/ “o”, bem como formas do verbo “SER”, em certos contextos.
· O “Lead”
· O “lead” é o primeiro parágrafo de um texto jornalístico com a introdução resumida do conteúdo, pelo ângulo do que é mais importante. Traz a essência da notícia, um resumo, respondendo pelo menos as perguntas QUE, QUEM, QUANDO, ONDE, sempre com base no que é mais importante (lembrar sempre da pirâmide invertida). A necessidade da síntese está relacionada em particular, a grande quantidade de material que chega ao jornalista diariamente, e que o obriga a ter agilidade e paciência para examinar todos os releases. Existem jornalistas que lêem os textos até o fim, ainda que sejam várias páginas (!). Eles têm consciência de que, muitas vezes, o lead ou uma boa notícia estão perdidos no meio ou “no pé”. No entanto, o melhor é não arriscar. Cinco linhas são suficientes para fazer um bom lead.
· Deve apresentar um “gancho”, algo que “segure” o interesse pelo assunto, para estimular a continuidade da leitura.
2. Para Rádio e Televisão usa-se NOTÍCIA SINTÉTICA

NS = 3 Q
Quem
Que (o)
Quando

Exemplo:- Quem – Roberto Carlos
Quando – recebeu em dezembro
Que (o) – o título de vovô do ano
3. O Conteúdo

O press release deve ser escrito como você quer que ele apareça em uma notícia de jornal.
· Comece com a cidade e a data onde o press release originou-se (por exemplo: Rio de Janeiro, 06 de abril de 2009.).
· O press release deve ser compacto. Evite usar longas frases e parágrafos. Evite repetições e uso extenso de gramática.
· Um primeiro parágrafo (duas a três frases) deve ser um resumo do press release, e o resto deve ser mais detalhado (lembrando mais um vez da pirâmide invertida). Nem jornalistas nem outros leitores lerão todo press release se o início do artigo não gerar interesse.
· Trabalhe com fatos reais e atuais – eventos, produtos, serviços, pessoas, alvos, objetivos, planos, projetos. Tente fazer o máximo uso destes fatos. Um método simples para escrever um press release eficaz é utilizar a nossa fórmula 3Q + POC.
Em seguida, considere os seguintes pontos: Qual é a notícia? Por que isso é notícia? O objetivo da notícia; as pessoas, produtos, itens, datas e outros aspectos relacionados com a notícia; sua empresa, a fonte dessa notícia.
· Agora, baseado nesses pontos tente construir parágrafos e organizá-los sequencialmente: o título → o resumo da notícia → evento ou realizações → produto → pessoas → novamente o resumo que finaliza o press release → a empresa.
4. Dados Obrigatórios
· O nome oficial da empresa
· O nome da pessoa para contato
· Endereço comercial
· Números de telefone/ fax
· Endereço do e-mail
· Disponibilidade de horários
· Endereço do website (www.site-da-sua-empresa.com.br)
5. Lembretes

a) Evite textos com mais de 30 linhas

b) Redação simples e clara, frases curtas, contendo no máximo 25 palavras, de uso correto.

c) Pense no público que se quer atingir:-
c1) o jornalista
c2) aquele diretamente interessado no assunto
c3) público potencial:- àquele que pode ter interesse no assunto
c4) demais pessoas, simples leitores

d) Ao colocar a função de alguém no texto, esta deve preceder o nome da pessoa. Exemplo:- o Presidente da República, Belmiro Enrolim, compareceu ontem ...
e) Você deve incluir o nome da empresa do título, qualquer subtítulo, e no corpo do primeiro parágrafo para uma melhor visibilidade por meio de mecanismos de busca para editores e outros leitores. Se possível, inclua o logotipo da empresa (ou um link para esse logotipo).


E AGORA UM TEXTO COMPLETO

UM →Planeje o texto. Vai um exemplo de plano:-
Tema:- Assunto geral do texto:- Brasília
Delimitação:- aspecto do tema que vai ser tratado:- turismo em Brasília
Objetivo:- aonde você quer chegar com o seu texto?:- informar as opções de turismo em Brasília
Idéias de desenvolvimento:- os pontos-de-vista que você vai defender:- Brasília monumental (palácios, catedral, torre, superquadras), Brasília ecológica (parques, cacheiras), Brasília mística (Vale do Amanhecer, Cidade da Paz)
Com o Plano feito, é hora de redigir. Mãos à obra.

DOIS →“Comece pelo começo”. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva a sua tese. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com um fecho de ouro.

TRÊS →Seja natural. Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira ao seu texto um toque humano. Você está escrevendo para pessoas. Gente de carne e osso.


QUATRO →Use frases curtas. Com elas, você tropeça menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências. “Uma frase longa”, ensinou Vinícius de Moraes, “não é nada mais que duas curtas.”


CINCO →Ponha sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de escrever “ele não assiste regularmente às aulas”, escreva “ele falta com freqüência às aulas”.

SEIS →Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residência ou domicílio? Casa.

SETE → Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa-o desanimado, flácido, sem graça. Compare:-

è Voz ativa:- Os alunos fizeram a redação.
è Voz passiva:- A redação foi feita pelos alunos.

OITO →Seja conciso. A frase não deve ter palavras desnecessárias. Por quê? Pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias, ou, a máquina peças desnecessárias.

NOVE →Revise. Sua redação tem começo, meio e fim? Você defendeu seu ponto de vista? Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou a correção gramatical? (Redobre os cuidados com a pontuação, a regência de verbos e nomes, a crase, a concordância. Triplique a atenção com a passiva sintética – do tipo “vendem-se carros”.

DEZ →Avalie. As frases soam bem? Sem cacófatos (- por cada, por tão, boca dela)? Sem rimas (rigor do calor). Você começou bem? Terminou melhor? Tenha certeza:- SEU TEXTO VAI SER LIDO!


Bibliografia:

1- Beltrão, Luiz – Jornalismo Opnativo – Sulina – 1980 – 1º Ed.
2- Cardet, Ricardo – Manual de Jornalismo – Editorial Caminho – 1979 – Lisboa – Portugal - 2ª Ed.
3- Cesca , Cleusa G. Gimenes – Comunicação dirigida escrita na empresa – Summus Editorial – 1995 – SP
4- Duarte, Jorge (Org) – Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia – Teoria e Técnica – Atlas Edit – 2009 – 2º Ed.
5- Lima, Gerson Moreira – Releasemania – Summus Editorial – 1985 - 3ª Ed. – São Paulo
6- Palma, Jaurêz Rodrigues – Jornalismo Empresarial – Editora Sulina – 1988 – RS
7- Squarisi, Dad (Profª.) – Dicas de Português – C. Brasiliense – 30.06.1999 – pág. 3

TIPOS DE REPORTAGEM

TIPOS DE REPORTAGEM
Podemos apontar três modelos fundamentais:
1. REPORTAGEM DE FATOS (fact-story) → Relato objetivo de acontecimentos que obedece na redação à forma da pirâmide invertida. Como na noticia, os fatos são narrados em sucessão, por ordem de importância ou cronologicamente. Em reportagens televisivas, quando se cobrem grandes acontecimentos, a edição parte do anúncio do fato, mas pode fazer de cada parte seguinte uma pequena notícia independente. Embora se caracterize pela objetividade, é possível encontrar exemplos em que o distanciamento seja menor.

2. REPORTAGEM DE AÇÃO (action-story) → Relato movimentado, que começa sempre pelo fato mais atraente, para ir descendo aos poucos na exposição de detalhes. O importante nessas reportagens é o desenrolar dos acontecimentos de maneira enunciante, próximo ao leitor, que fica envolvido com a visualização das cenas, como num filme. Na TV, o repórter participa da ação e deixa de ser um mero observador, para tornar-se parte da narrativa. É o caso de certas reportagens que podem até incorrer em riscos, como filmar e entrevistar pessoas durante um assalto, fazer-se passar por cliente para investigar um negócio ilícito, filmar venda de drogas, etc. O repórter está no meio dos acontecimentos; o testemunho, portanto, é importante em relatos desse tipo, pois confere maior realismo e credibilidade à ação. Para quebrar a frieza, por exemplo, de uma reportagem documental, e captar o interesse do leitor para os assuntos, muitas vezes usam-se recursos de reportagem ora de ação ora de fatos, mostrando que os modelos não são rígidos. Pode ocorrer também o contrário: uma reportagem de ação ou de fatos que contém também referências documentais (depoimentos ilustres, dados numéricos e estatísticos, ou informações sobre procedimentos técnicos). Nesse caso, quase sempre a reportagem deriva de uma notícia e pretende além da informação detalhada do fato, uma contextualização desse fato. Amplia o campo da abordagem e passa a informar sobre o tema.
A reportagem pode variar seus planos de texto ou seus esquemas, onde os tipos mais comuns são: cronológico, que é o contrário do esquema da “pirâmide invertida”, onde os fatos se hierarquizam por ordem de importância, começando o texto pelo fato mais remoto e não pelo mais importante. Dialético é um esquema comum na reportagem documental, onde o texto se põe a serviço da demonstração de uma idéia, e é também habitual quando se trata de questões controvertidas.

3. REPORTAGEM DOCUMENTAL (quote story) → Relato documentado, que apresenta os elementos de maneira objetiva, acompanhados de citações que complementam e esclarecem o assunto tratado. Comum no jornalismo escrito, esse modelo é mais habitual nos documentários de televisão ou do cinema. Reportagem documental é expositiva e aproxima-se da pesquisa. Ás vezes tem caráter denunciante. Na maioria dos casos é apoiada em dados que lhe conferem fundamentação, adquirindo cunho pedagógico, e se pronuncia a respeito do tema em questão.


4. OUTRAS FORMAS DE REPORTAGEM → A reportagem-conto, que particulariza a ação escolhendo um personagem para ilustrar o tema que pretende desenvolver; a reportagem-crônica, que se detém mais em situações fortuitas e flagrantes do cotidiano, conduzindo a narrativa de forma impressionista, por meio de um narrador colocado em posição observadora ou reflexiva; o livro-reportagem que é a compilação de textos já publicados em jornais ou trabalho feito para livro, mas concebido a partir de textos jornalísticos.
Tchekhov, jornalista e contista russo, dizia que um bom conto deveria ter: força, clareza, condensação e novidade.
Um texto tem força quando arrebata o leitor e faz com que ele chegue até o fim da narrativa. Os pressupostos para tal resultado estão ligados à seleção de elementos que combinados em seqüência, produzem um efeito, que pode ser de ordem emotiva ou racional.
A clareza é um atributo indispensável ao jornalismo e diz respeito à objetividade narrativa, com vistas à compreensão imediata.
A condensação refere-se à compactação de elementos, ou seja, à concentração e síntese com que se manipulam os recursos narrativos e descritivos. Está ligada à dosagem com que os elementos são dispostos em seqüência, fazendo com que essa dosagem vá em direção a um ponto máximo dentro da história. É um retardamento proposital da narrativa, que cria o “suspense” necessário à manutenção da curiosidade do leitor.
A novidade pode estar ligada ao acontecimento inédito – uma história surpreendente -, mas também diz respeito a uma observação diferente de qualquer assunto, ao ângulo insuspeitado na percepção de um fato, pessoa ou tema.

Fonte:
1. “Técnica Reportagem” – Nota sobre a Narrativa Jornalística – Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari, 1º Ed., 1986, Summus.
2. “Técnicas de Codificação em Jornalismo” de Mário L. Erbolato, 4º Ed., 1985, Vozes.
3. “Linguagem Jornalística” de Nilson Lage, 8º Ed., 2006, Atica.

OS ANÚNCIOS NOS VEÍCULOS

OS ANÚNCIOS NOS VEÍCULOS
Por que os anúncios são importantes para um jornal?
“... também o jornal é antes de mais nada uma empresa”. (Alex Springer)
O número de páginas é determinado não pelo setor de notícias, mas pela quantidade de anúncios vendidos para aquele dia (além de cadernos especiais devido a grandes eventos ou acontecimentos, como torneios, campeonatos esportivos ou outros acontecimentos importantes). O setor correspondente coloca os anúncios nas páginas antes de serem liberados para o setor de notícias. Como regra, os jornais imprimem um pouco mais de anúncios do que notícias. Os anúncios correspondem a 60% ou mais das páginas semanais, mas na edição de domingo é comum que as notícias tomem mais espaço do que os anúncios. A proporção de anúncios com relação a notícias deve ser alta porque os jornais não conseguem sobreviver sem os ganhos que os anúncios proporcionam. Os editores chamam este espaço deixado de "buraco na notícia". O setor de anúncios e o de notícias não influencia o conteúdo um do outro.
Três tipos de anúncios dominam os jornais modernos:
1. Anúncios de exibição → com fotos e gráficos, estes anúncios podem custar milhares de reais, dependendo do tamanho. Estes anúncios, normalmente de lojas de departamento, cinemas e outros negócios, podem ser preparados por uma agência de publicidade ou pelo próprio departamento de anúncios. São chamados de carro-chefe e são responsáveis pela maior parte da renda;
2. Anúncios classificados → normalmente chamados de classificados são publicados em caracteres miniatura chamados de ágatas. Estes anúncios são de pessoas que querem comprar ou vender produtos, empresas procurando funcionários ou comerciantes oferecendo serviços. Os classificados têm preço acessível, são populares e eficazes, atingindo milhares de prováveis consumidores;
3. Folhetos → o terceiro tipo de anúncio é feito por grandes cadeias de lojas. Estes folhetos coloridos são colocados (“encartados”) no meio do jornal para serem distribuídos com a edição de domingo. Os folhetos trazem ganhos menores do que os anúncios carro-chefe. Os jornais cobram para distribuir os folhetos, mas não tem controle sobre seu conteúdo ou qualidade de impressão.

Estrutura de Custos
Para aquele que tenta editar um jornal sem subsídios só resta uma coisa: dobrar-se às leis da “economia social de mercado”. Na concorrência dos jornais entre si e com os outros meios de comunicação, impõe-se-lhe a hierarquia vigente dos objetivos: quem falha economicamente esta também jornalisticamente liquidado.
Os jornais têm, conforme sua estrutura de clientes, duas fontes diferentes de rendimentos: Primeiro, os rendimentos de venda provenientes de assinaturas e da venda em bancas, e, segundo, rendimentos provenientes do comércio de anúncios. A relação em que ambas as fontes de rendimentos estão, uma para a outra, em sua respectiva participação no rendimento total, é, na imprensa privada, um fator jornalístico determinante fundamental.
Muitas vezes perguntamos como é possível vender-se o jornal impresso com valor tão baixo. Entretanto é de interesse do Estado democrático garantir o maior público leitor possível, bem informado, por preços de compra baixos. Este interesse corresponde ao do editor em ganhar o maior número possível de leitores, para conseguir o maior número de anúncios. O desejo do editor do jornal, tantas vezes manifestado, de aumentar substancialmente os preços dos exemplares, “politicamente” baixos, para chegar a uma relação de rendimento equilibrada, contradiz, por isso, o interesse público. Este desejo só pode ser manifesto enquanto pairar a dúvida de que em toda a economia concorrencial, o rendimento principal dos jornais vem do negócio de anúncios. Simplesmente por ser este o caso, o poder na imprensa não pertence mais aos jornalistas, mas aos editores.
O segundo componente do lucro do editor de jornal é a sua própria estrutura de custos. Quanto mais baixos puderem ser mantidos maior será o lucro. Depreende-se, pois que aumentar o preço, aumentar a tiragem e aumentar o preço de anúncios são descartados já que o maior objetivo está no aumento do número de páginas de anúncios (por conseqüência poderá até ter aumento de tiragem, já que o interesse dos promotores de publicidade concentra-se, nos últimos tempos com admiráveis conseqüências, no grupo de consumidores até agora desprezados, cujos desejos adormecidos valem a pena ser despertados e cuja liberdade de consumo vale a pena ser salva).
Hoje os grandes grupos anunciantes escolhem a página onde querem ver impressos os anúncios de seus produtos, e não podemos esquecer que o Governo também é um grande anunciante, razão pela qual o apoio a determinados grupos que estão no poder torna-se essencial para garantir a sobrevivência de algumas empresas, seja através de créditos, incentivos (BNDES), ou mesmo publicidade.
Apenas para não esquecer, em recente pesquisa do IBOPE, verificamos que a “web” mostrou que 49% das classes A, B e C pesquisam imóveis pela rede, enquanto que 44% pesquisam através de classificados impressos; anúncios na internet sobem para 4,2% representando hoje um bilhão de reais.


Fontes:
“Imprensa e Capitalismo” de Ciro Marcondes Filho – Org. – 1984 – 1º Ed., Kairos Livraria.
“Técnicas de Codificação em Jornalismo”, de Mário L. Erbolato – 1985 – 4º Ed., Vozes
“Jornalismo Opinativo”, de Luiz Beltrão – 1980 – 1º Ed., Sulina.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SUMÁRIO DA APOSTILA DE TÉCNICA DE REPORTAGEM

SUMÁRIO
1. CONCEITO DE NOTÍCIA, “LEAD”, REPORTAGEM E OS ELEMENTOS QUE AS COMPÔEM. A FÓRMULA PARA NÃO ESQUECER...............................................................01
2. A PAUTA: TUDO COMEÇA COM ELA.PROPOSTA E EXECUÇÃO DE PAUTAS DE REPORTAGEM............................................................................................................................03
3. A PAUTA NO RÁDIOJORNALISMO........................................................................................05
4. A NARRATIVA JORNALÍSTICA, ANUNCIAR, ENUNCIAR, PRONUNCIAR E DENUNCIAR...............................................................................................................................06
5. O QUE SÃO OS EDITORIAIS?.................................................................................................07
6. OS ANÚNCIOS NOS VEÍCULOS..............................................................................................09
7. TIPOS DE REPORTAGEM.........................................................................................................11
8. A VERDADE SOBRE O “PRESS-RELEASE”...........................................................................13
9. COMO FAZER UMA RESENHA...............................................................................................19
10. AS FONTES NO JORNALISMO................................................................................................20
11. APURAÇÃO E PESQUISA JORNALÍSTICA............................................................................22
12. FALHAS QUE PODEM OCORRER POR MÁ APURAÇÃO JORNALÍSTICA.......................23
13. A LINGUAGEM JORNALÍSTICA NA TV................................................................................24
14. A LEI DE IMPRENSA.................................................................................................................26
15. “GHOST WRITER”......................................................................................................................27
16. “HOUSE ORGAN”.......................................................................................................................29
17. RELATÓRIOS PARA ACIONISTAS..........................................................................................30
18. “CLIPPING”..................................................................................................................................32
19. TÉCNICAS DE ENTREVISTAS.................................................................................................33
20. JORNALISMO EMPRESARIAL.................................................................................................40
21. JORNALISMO CIENTÍFICO.......................................................................................................44
22. ÉTICA JORNALÍSTICA..............................................................................................................46

SUMÁRIO DA APOSTILA DE RELAÇÕES COM CLIENTES E OMBUDSMAN

SUMÁRIO


I. MARKETING NO BRASIL-A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MARKETING.....................................................................................................01
II. REFLEXÕES SOBRE O TEMA MKT NO BRASIL........................................04
III. A ETERNA LUTA ENTRE O CONSUMO E O CONSUMISMO...................06
IV. O DESENCANTO DO CONSUMIDOR...........................................................07
V. POR QUE NOS MUTILAMOS?.......................................................................10
VI. CONSULTING SCIENCE – É O NOVO MARKETING?................................12
VII. ESTREITANDO RELACIONAMENTO NAS RELAÇÕES COM CLIENTES..........................................................................................................14
VIII. REAPRENDENDO A OUVIR...........................................................................15
IX. ÉTICA.................................................................................................................17
X. O CÓDIGO DE ÉTICA NO MARKETING DIRETO.......................................18
XI. RELAÇÕES COM CLIENTES – GAFES..........................................................20
XII. A LÓGICA SOCIAL DO CONSUMO E DA NECESSIDADE-J.BAUDRILLARD............................................................................................24A
XIII. O OMBUDSMAN...............................................................................................25
XIV. APROXIMAÇÃO COM OS CLIENTES...........................................................36
XV. O RECALL..........................................................................................................38
XVI. RECALL – FAZÊ-LO OU NÃO?.......................................................................40
XVII. BRANDING.........................................................................................................43
XVIII. GERENCIAMENTO DA MARCA COM FOCO NO CLIENTE.......................48
XIX. UM MUNDO SEM MARCAS............................................................................49
XX. MULHERES NAS CLASSES A/B – COMO INTERPRETAR SEUS DESEJOS?............................................................................................................51
XXI. MULHERES SOLTEIRAS GASTAM MAIS...................................................52A
XXII. NOVO PERFIL DE CONSUMO DAS MULHERES.........................................53
XXIII. MASTIGE – MISTURA DAS PALAVRAS MASSA E PRESTÍGIO...............54
XXIV. O CONSUMO DE LUXO NO BRASIL..............................................................55
XXV. A EMPRESA ARROGANTE..............................................................................57
XXVI. O PESO DA IMAGEM NA COMUNICAÇÃO..................................................58
XXVII. MEDIDAS PARA RECUPERAR A REPUTAÇÃO...........................................60
XXVIII. ATENDIMENTO A CLIENTES............................................................................................................61