quarta-feira, 16 de setembro de 2009

JORNALISMO EMPRESARIAL

JORNALISMO EMPRESARIAL



A primeira coisa a ser levada em conta é que os membros integrantes de uma empresa são heterogêneos. As variações compreendem nível intelectual, instrução e até mesmo interesses ou atitudes.
Não se pode confundir com comunicação de massa, pois esta pretende atingir interesses gerais de um público cada vez mais amplo, ao passo que as publicações empresariais objetivam atender a uma comunidade voltada para os princípios mercadológicos, refletindo seus interesses, exigências e, principalmente, sua filosofia.
As publicações empresariais, enquanto veículos de comunicação devem ter periodicidade, aparecendo em intervalos sucessivos e regulares, abastecendo-se de fatos da atualidade da empresa, sobre quaisquer áreas ou programas que possam interessar a comunidade trabalhadora, lembrando que esse público pode ser uma excelente caixa de ressonância, principalmente em atividades sociais – responsabilidade social – que a empresa desenvolve, tornando-se um “Relações Públicas” junto à comunidade externa onde vive.
No que se refere a periodicidades empresariais, a característica é possuir intervalos mais espaçados entre as edições sucessivas. A atualidade, também abordada, perde aquela concepção de rapidez que marca as informações nos veículos tradicionais do jornalismo de massa impresso e via internet. Por fatos da atualidade podemos sugerir àqueles ocorridos num período não superior a dois meses, assim como, num exercício de futurologia, planos de interesse empresarial que podem ser divulgados, até para obter a “cumplicidade” dos colaboradores.
Dos veículos utilizados pela empresa para sua comunicação impressa, destacamos:

1. Grupo 1: jornais, revistas, relatórios para acionistas ou não, boletins, “news letters”;

2. Grupo 2: folhetos, “folders”, cartas pessoais, comunicados, instruções, circulares, apostilas, manuais sobre a ética(*) e o procedimento interno da empresa, manuais de boas vindas a novos empregados, etc.

Um ponto a observar no Grupo 2 é que, pela sua natureza, não assumem características jornalísticas. Nenhuma delas tem periodicidade definida e o seu consumo se processa permanentemente.

(*) esses manuais poderão contemplar breve resumo da empresa, procedimentos, métodos e técnicas; objetivos gerais; descrição de produtos ou serviços; programa de benefícios (saúde, aposentadoria) para os trabalhadores; regras gerais de operação, e por aí vai. Este tipo de conteúdo é de interesse permanente, sofrendo correção ou mudança apenas quando existir um fato novo que venha a alterar os programas da empresa.

JARGÕES CORPORATIVOS

Existem alguns termos que, pelo uso diário, já fazem parte do glossário corporativo brasileiro. Mesmo em inglês, eles são usados em diversas ocasiões. O problema é que, pelo abuso, algumas pessoas acabam incorrendo em erros, e o pior: podem não ser compreendidas. O bom é saber quais expressões os profissionais devem conhecer e a hora certa de usá-las.
De acordo com a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Clara Salarini Borsezi, com a globalização, o inglês passou a ser fortemente usado. Com essa difusão, muitos termos passaram a ser incorporados ao dia-a-dia, não só em reuniões e conferências, mas também em conversas informais.
"Por isso, é importante que o profissional conheça alguns termos, para realizar uma boa comunicação e entender o assunto em pauta. Caso contrário, pode não compreender alguma informação e ser excluído da situação".Existe termo "na moda"
Clara afirmou que não existem termos "na moda", mas aqueles que são mais adotados por uma área ou outra, como o “feedback” (resposta que um líder dá a seu liderado sobre o desempenho deste), bastante usado em recursos humanos.Apesar disso, existem termos cujos significados são bastante amplos e podem ser usados por qualquer profissional, independentemente de sua área de atuação. Confiram quais são eles abaixo:

“Branding”: trabalho de construção de uma marca no mercado;

“Brainstorming”: mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa dos indivíduos no menor tempo possível, ou seja, troca de idéias;

“Briefing”: todas as informações necessárias para realização de uma determinada ação;

“Budget”: orçamento;

“ Business plan”: plano de negócios;

“ Case”: estudo de caso, normalmente abordado em empresas;

“ Coaching”: projeto com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o “coach” (profissional) e o “coachee” (cliente), conforme a meta desejada por este. O “coach” apoia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazos, por meio da identificação e do uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e da superação de suas fragilidades, para que ele atinja novos objetivos;

“ Deadline”: prazo final;

“Expertise”: conhecimento técnico;

“Interface”: ferramentas que possuem um “design” fácil de ser usado, geralmente com ícones indicando o que representa cada função;

“ Feedback”: trata-se de informar o colaborador sobre o seu desempenho, conduta ou a respeito de uma eventualidade, buscando estimular e reorientar ações, com o objetivo de maximizar o seu desempenho;

“ Follow up”: dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas para atingir soluções. Também pode significar revisão das tarefas que foram geradas após uma reunião ou auditoria, quando os prazos para realização se esgotaram. Significa ainda ligar para o cliente, a fim de acompanhá-lo;

“ Headhunter”: caçador de talento;

“ Key user”: aquele que conhece todos os recursos referentes a uma determinada ferramenta tecnológica;

“ Just in time”: sistema que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata, ou seja, primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria-prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes;

“ Know how”: conhecimento;

“ MBA” (Master Business Administration): curso de especialização;

“ Networking”: rede de contatos;

“ Outsourcing”: obtenção de mão-de-obra externa por parte de uma empresa; contratação de serviços terceirizados, com o intuito de reduzir os custos internos, aproveitando o conhecimento especializado de outras organizações;

“ Outplacement”: benefício que uma empresa oferece ao ex-funcionário, que consiste no aconselhamento, no apoio, na orientação e no estímulo para recolocá-lo em outra organização;
“Supply Chain”: gerenciamento de cadeia de abastecimento;

“ Turnover”: termo utilizado para caracterizar o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos de profissionais empregados de uma empresa, em um determinado período, isto é, rotatividade. Quanto aos desligamentos, podem ser espontâneos ou provocados pelas empresas;

“ Workaholic”: pessoa viciada no trabalho;

“ Workshop”: treinamento em grupo, de acordo com a técnica dominada pelo instrutor;

“ CEO”: (Chief Executive Officer), sigla para diretor executivo.

Uso dos termosDe acordo com a consultora, o profissional não acaba, necessariamente, sendo mal visto porque pergunta qual o significado desses termos, mas pode passar a imagem de desatualizado. Além disso, a comunicação pode ser falha, já que ele não compreendeu o que foi falado pelo emissor. “Caso o profissional não entenda algo que foi dito, o ideal é buscar informações sobre o seu significado e uso. A internet acaba sendo um bom recurso, existem até dicionários com alguns termos utilizados no mundo corporativo", disse.As pessoas que não sabem o significado desses termos podem prejudicar a comunicação, assim como aquelas que os usam a todo o momento, as quais podem se expressar de maneira incorreta e fora de contexto. “Se o profissional está em uma conversa entre amigos, não há necessidade de usar esses termos, pois pode comprometer a comunicação, passar uma imagem de arrogância ou até mesmo falta de domínio sobre sua língua de origem. Quem não conhece bem o significado dos termos é melhor não utilizá-los, para não passar uma informação incorreta".


Fontes:
Gaudêncio Torquato do Rego, Francisco – “Jornalismo Empresarial” – Summus Editora – SP 1994.
Koplin, Elisa et Ferrareto, Luiz Artur – “Assessoria de Imprensa – Teoria e Prática” – Edit. Sagra – RS – 2001- 4º ED.
www.administradores.com.br

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