quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TÉCNICAS DE ENTREVISTAS

TÉCNICAS DE ENTREVISTAS

Texto base é de autoria do Prof. Pedro Celso Campos


Definições

Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas".
A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".
Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.
Segundo Juarez Bahia ("Jornal, História e Técnica - História da Imprensa Brasileira". São Paulo: Ática, 1990 ) um dos requisitos mais importantes, na entrevista, é a autenticidade, isto é, que as declarações atribuídas ao entrevistado possam ser facilmente provadas.
Para o professor José Salomão David Amorin, da UnB, "no Brasil as orientações para uma boa entrevista, em certos cursos de jornalismo, têm sido reduzidas a conselhos gagás do tipo quando for entrevistar um sujeito, telefone para saber se ele está em casa; quando ele atender ao telefone diga-lhe bom dia; não compareça a uma entrevista sem gravata..."
Edgar Morin ("A Entrevista nas Ciências Sociais, no Rádio e na Televisão". Cadernos de Jornalismo e Comunicação, 11. Rio de Janeiro,1968) define a entrevista como "uma comunicação pessoal, realizada com objetivo de informação".
O professor Mário Erbolato lembra que "a entrevista é um gênero jornalístico que requer técnica e capacidade profissional. Se não for bem conduzida, redundará em fracasso".
Segundo Alexandre Garcia:"Entrevistar não é somente fazer uma pergunta, esperar uma resposta e juntar à resposta outra pergunta. É um exercício profissional trabalhoso e ingrato. Quase sempre quanto maior é o interesse do jornal em conseguir a entrevista, menor o do entrevistado em concedê-la, e vice-versa. Na medida que cresce o interesse do jornal, crescem também os problemas do entrevistador", garante Luiz Amaral ("Jornalismo - Matéria de Primeira Página". Rio: Tempo Brasileiro, 1997), citando, em seguida, Joseph Folliet ( "Tu seras journaliste". Lyon: Chronique Sociale de France, 1961): Esse gênero exige muita intuição, delicadeza, perfeito conhecimento do assunto, do entrevistado, de sua vida e de sua obra, uma grande probidade - um exterior, enfim, que inspire confiança e incite à confidência.
Na opinião do professor de jornalismo da Federal de Santa Catarina, Nilson Lage
("A Reportagem - teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística". São Paulo: Record, 2001) a palavra entrevista é ambígua. Ela tanto significa o diálogo com a fonte, como a matéria publicada.




Estratégias

Grandes entrevistadores adquirem técnicas que transformam o jogo de perguntas e respostas numa espécie de xadrez, conseguindo arrancar declarações que o entrevistado não pretendia fazer.
Mas não basta ter experiência. É preciso trabalhar duro antes da entrevista, pesquisando tudo sobre os temas a serem tratados e sobre o entrevistado.
Depois de bem preparado (de preferência um ou mais dias antes) o entrevistador deve fazer um roteiro com começo, meio e fim. O objetivo não é bitolar e restringir o desempenho do entrevistador, mas ser uma base referencial para evitar "brancos" e atropelos.
É importante que o entrevistador seja o condutor da entrevista. Mas só estará no comando se estiver bem informado e bem preparado. "É estimulante para o entrevistado, nos momentos em que a fala se interrompe, perceber que o entrevistador está compreendendo o enunciado... se o entrevistado declarou que a economia vai bem, uma observação óbvia, tal como 'o senhor é então otimista quanto aos acontecimentos do futuro próximo' vale não por seu conteúdo, mas pela demonstração de interesse e entendimento. Dependendo, no entanto, das circunstâncias, pode ser conveniente apresentar um dado de contestação, no momento adequado, para obter maior espontaneidade, expansão ou aprofundamento", ensina o professor Lage.
O ideal é que a entrevista flua espontaneamente, cada resposta permitindo o "encaixe" da pergunta seguinte.
Para Alexandre Garcia, "a pergunta embaraçosa pode ter duas conseqüências: desmontar o entrevistado a ponto dele contar tudo o que sabe, ou irritá-lo a ponto de passar a responder tudo com monossílabos", matando a entrevista.
Alexandre recomenda que o repórter estude o perfil psicológico do entrevistado para saber se deve conduzir a entrevista "batendo ou assoprando".
Ele também ensina a preparar emboscadas para o entrevistado: Você faz uma pergunta sabendo de antemão qual será a resposta, porque ela é óbvia, previsível, ou porque já foi dada antes. Logo em seguida faz a pergunta-chave da entrevista.
É uma estratégia que se aplica melhor às entrevistas longas.
Às vezes é o caso de entrar direto no assunto, como fizeram os repórteres de Veja ao entrevistar Pedro Collor a quem a mãe, Leda, vivia pedindo que fosse ao médico examinar a cabeça. Naquela entrevista, segundo os repórteres, a primeira pergunta foi: "O Senhor se considera louco? " É um modo de balizar o terreno para que o leitor saiba com quem está falando. Se Pedro Collor admitisse problemas mentais suas declarações não teriam a mesma força. Morreu tempos depois com um tumor na cabeça...
Em determinados casos, o experiente Alexandre Garcia usa outra estratégia que exige muito domínio da situação:
- Eu me finjo de bobo, que não sei das coisas, para que o entrevistado sinta-se mais forte, superior a mim e seguro de si. Nessa situação ele fica mais à vontade, revela mais coisas e abre a guarda. É aí que eu entro.
Alexandre diz que age assim porque, na sua opinião, o entrevistado tem medo do jornalista, pois uma entrevista publicada pode gerar muitas conseqüências.
A história está cheia de exemplos sobre a força que uma entrevista tem em certas circunstâncias. A entrevista de Getúlio Vargas a Samuel Wainer na estância gaúcha do ex-presidente, publicada por "O Jornal", do Rio de Janeiro, em 03/03/1949, abriu caminho para a volta do ditador ao poder.
A já citada entrevista de Pedro Collor provocou o impeachment de Fernando Collor e o desbaratamento do Esquema PC.
As entrevistas em off conseguidas por Carl Bernstein e Bob Woodward, no caso Watergate, levaram à renúncia o homem mais poderoso do mundo, o Presidente dos Estados Unidos da América ( Richard Nixon ).
Costuma-se datar o início da revolução sexual feminina, no Brasil, a partir da entrevista que Leila Diniz deu ao "Pasquim" em 21-26.11.1969, ao chegar dos EUA.

Cuidados

Alguns cuidados ajudam o entrevistador a evitar problemas na hora de transformar a entrevista em notícia.
Uma precaução é sustentar o diálogo com o entrevistado tratando-o do modo mais coloquial, seja pelo primeiro nome ou pelo cargo, conforme as circunstâncias: Soaria ridículo tratar um cantor popular ou um ator de "Senhor": , Sr. Chico Buarque, Sr. Caetano Veloso, Sr. Roberto Carlos, Sra. Carla Peres...Nos diálogos com um deputado, um ministro, um senador, usa-se o nome do cargo. Em coletivas ou locais solenes, chama-se o Presidente da República de "Sr. Presidente".
É preciso desenvolver, também, uma técnica pessoal para observar se o entrevistado está mentindo. A este respeito, conta Luiz Amaral que depois de entrevistar milhares de homens e mulheres sobre casos sexológicos, o dr. Alfred Kinsey respondeu, certa vez, ao lhe indagarem se ele sabia até que ponto eram verdadeiras, ou não, as confissões que lhe eram feitas: 'É muito simples. Eu as encaro de frente. Inclino-me para diante. Faço as perguntas rapidamente, uma depois da outra. Não as perco de vista. Naturalmente, se vacilam posso saber que estão mentindo".
Em casos de entrevistas ao vivo pode acontecer o acidente do "dar um branco", mesmo quando se entrevistam pessoas que o país inteiro conhece. Nunca é demais ter o nome do entrevistado bem à mostra, além do seu cargo exato.
Conta-se que até o experiente Boris Casoy já sofreu com isto porque o editor se esqueceu (ou achou que nem precisava ) de colocar no script do apresentador o nome do entrevistado daquela noite, no SBT. E na hora de apresentar o entrevistado, entre uma matéria e outra, Boris começou: "Estamos aqui com um grande nome da Música Popular Brasileira, um homem extremamente conhecido de vocês, que agora está atuando na política...vereador em Salvador...um compositor maravilhoso...um compositor de mão-cheia...."
A apresentação não acabava mais porque Boris não conseguia lembrar-se do nome de Gilberto Gil sentado à sua frente, saindo-se com esta: "Ele dispensa apresentações".



Gravar ou Anotar

Cada repórter desenvolve um método pessoal de documentar a entrevista. Alguns preferem confiar na memória, o que é perigoso quando a declaração envolve números ou nomes de difícil entendimento. Outros preferem anotar, porém em alguns casos é difícil sustentar um diálogo e anotar ao mesmo tempo, como já foi visto na técnica usada por Oriana Fallaci ao entrevistar o General Giap. O mais garantido é gravar. Mas até isto pode dar problemas porque o gravador pode falhar e surpreender o repórter na fatídica hora do fechamento do jornal. O recomendável é, além de gravar, reconstituir a entrevista com base em palavras-chaves que o repórter anota, indicando os temas principais na sequência em que ocorreram. Isso geralmente basta para, passado um período curto de tempo, reproduzir com bastante fidelidade, discursos não muito extensos ou complicados (Lage 2001). Também há entrevistados que se intimidam com o gravador ligado, temendo falar alguma bobagem e não poder voltar atrás ou com receio de que a gravação se torne um documento de uso futuro.


Direitos do entrevistado

Além das técnicas de entrevista, o jornalista também deve levar em conta os direitos do entrevistado. Segundo Caio Túlio Costa (“O Relógio de Pascal – A Experiência do Primeiro Ombudsman da Imprensa Brasileira”.São Paulo: Siciliano, 1991), nos EUA as vítimas de entrevistas deturpadas ou fraudadas podem recorrer ao Centro Nacional das Vitimas, com sede em Forth Worth, no Texas, que defende os seguintes direitos dos entrevistados:
. Você tem o direito de dizer não a um pedido de entrevista.
. Você tem o direito de escolher um porta-voz ou um advogado da sua preferência.
. Você tem o direito de escolher a hora e o local para entrevistas aos meios de comunicação.
. Você tem o direito de requisitar um repórter de sua escolha.
. Você tem o direito de recusar entrevista a um repórter específico, mesmo que você tenha prometido entrevistas a outros repórteres.
. Você tem o direito de dizer não a uma entrevista mesmo que você tenha dito anteriormente que daria entrevistas.
. Você tem o direito de excluir crianças de entrevistas
. Você tem o direito de não responder questões que julgue inconfortáveis ou inapropriadas.
. Você tem o direito de saber com antecedência quais direções a história vai tomar.
. Você tem o direito de pedir para rever suas declarações antes da publicação.
. Você tem o direito de recusar coletivas de imprensa e falar com cada repórter por vez.
. Você tem o direito de pedir retratação quando informações imprecisas forem reportadas.
. Você tem o direito de pedir que fotografias ofensivas sejam omitidas na publicação ou que imagens idem não sejam levadas ao ar.
. Você tem o direito de dar entrevistas na televisão mostrando apenas a silhueta ou solicitar que sua foto não seja publicada.
. Você tem o direito de recusar-se a responder perguntas de repórteres durante julgamento.
. Você tem o direito de processar um jornalista.
. Você tem o direito de sofrer na privacidade.
. Você tem o direito a todo momento de ser tratado com dignidade e respeito pelos meios de comunicação”.
Caio Túlio comenta que “tudo isto tem muito a ver com o que os americanos chamam de fair play, o jogo limpo, a transparência do jornalista para com seu entrevistado e seus leitores”.


Como Fazer

O manual da Folha de São Paulo diz que o segredo de uma boa entrevista está na elaboração de um bom roteiro:
- Levante sempre o máximo de informações sobre o entrevistado e o tema que ele vai tratar.Em seguida, reflita sobre o objetivo a que pretende chegar. O melhor caminho é redigir perguntas tão específicas quanto possível. Perguntas muito genéricas resultam em entrevistas tediosas.
Os repórteres da Folha também recebem estas orientações:
-Ao transcrever a entrevista, o repórter deve corrigir os erros de português ou problemas da linguagem coloquial quando for imprescindível para a perfeita compreensão do que foi dito. Mas não se pode trocar as palavras ou mudar o estilo da linguagem do entrevistado. Se relevantes, eventuais erros ou atos falhos do entrevistado podem ser destacados com a expressão latina "sic" entre parêntesis na frente da palavra ou frase. É recomendável preservar a ordem original das perguntas.
E ainda:
a) Marque a entrevista com antecedência;
b) Informe o entrevistado sobre o tema e a duração do encontro;
c) Grave a entrevista para poder reproduzir com absoluta fidelidade eventuais declarações curiosas, reveladoras ou bombásticas;
d) Vista-se de modo adequado a não destoar do ambiente em que será feita a entrevista, para não inibir ou agredir o entrevistado;
e) Faça perguntas breves, diretas, que não contenham resposta implícita;
f) Identifique contradições, mencione pontos de vistas opostos e levante objeções sem agredir o entrevistado;
g) Não deixe de abordar temas considerados "sensíveis" pelo entrevistado. Faça perguntas diretas e ousadas. Insista quantas vezes achar necessário se o entrevistado se recusar a responder a alguma pergunta;
h) Registre essa recusa se for significativa;
I) O entrevistado tem o direito de retificar ou acrescentar declarações. Se for relevante, o repórter pode registrar as duas versões (original e posterior).


Outras recomendações

a) Evitar perguntas fechadas, isto é, que só admitem monossílabos como resposta. ( "O Sr. é a favor ou contra a candidatura de Lula à Presidência?". Uma pergunta aberta seria: "Porque o Sr. apóia Lula para Presidente?");
b) O repórter deve responder brevemente se o entrevistado pedir a opinião dele;
c) Quando o entrevistado foge do assunto, o repórter deve usar a pergunta seguinte para trazê-lo de volta ao tema;
d) Procurar ser bem-humorado no diálogo, porém sem exageros que destoem;
e) Agir com segurança e naturalidade, mostrando que sabe o que quer;
f) Ao ouvir uma resposta-bomba, o repórter não deve revelar entusiasmo porque essa reação pode levar o entrevistado a pedir o cancelamento da declaração, receoso das conseqüências;
g) Não se deve usar exclamações para comentar as respostas ("puxa! "..."quem diria!"..."não me diga!".)
h) as perguntas podem ser de esclarecimento ("quantos operários foram demitidos?"), de análise ("que motivos a empresa deu para as demissões?"), de ação ("o que o sindicato pretende fazer agora?");
I) Perguntas muito longas podem complicar a vida do repórter se o entrevistador pedir que ele repita;
J) Não se deve misturar várias perguntas ao mesmo tempo ("qual seu nome, idade, trabalho atual e a situação do seu bairro?");
l) Perguntas muito amplas confundem o entrevistado ("como o Sr. vê a situação da humanidade de Adão até nossos dias?");
m) O repórter deve acompanhar com total atenção as respostas do entrevistado;
n) O entrevistado deve ser alertado para o fim da entrevista ("agora uma última pergunta"..."para terminar"...."o Sr. gostaria de acrescentar mais alguma coisa?")
Mário Erbolato relaciona, entre outros já vistos, os seguintes procedimentos na preparação do repórter para a entrevista:
a) Chegue ao local da entrevista na hora combinada, se possível com alguma antecedência;
b) Ajude o entrevistado, se necessário, a expor as suas opiniões. Conduza a entrevista;
c) Não corte as respostas. Espere que cada uma delas termine para formular a próxima pergunta;
d) Faça as perguntas no mesmo nível de quem responde: Às vezes trata-se de pessoa humilde que tem informações sobre determinado fato, mas se ficar amedrontada negará esclarecimentos preciosos para o jornal;
e) Prepare o terreno para cada pergunta. As coisas mais indiscretas podem ser indagadas se o jornalista tiver o cuidado de ir-se conduzindo com habilidade.

Quem é a Estrela?

O comportamento de alguns repórteres de vídeo deixa dúvidas sobre quem deve ser a "estrela" da entrevista. Todos sabem que a "estrela" deve ser sempre o entrevistado, "por mais conhecido e vaidoso que seja o repórter", observa Nilson Lage. Segundo ele, espera-se que o repórter seja discreto, como coadjuvante e, ao mesmo tempo, diretor de cena: "Entrevistados podem ser malcriados ou tentar intimidar o repórter; este não deve irritar-se nem deixar-se intimidar".
A exemplo de outros autores, também Nilson Lage lembra que, durante a entrevista, uma das chaves é saber perguntar em cima da resposta. Outra é manter o comando da conversa impedindo que o entrevistado se desvie do tema. Em algumas situações, quando isto acontece, a melhor estratégia, conforme Lage, é apresentar nova pergunta, mudando o assunto, para retomar posteriormente ao ponto problemático. "Não se deve questionar mais do que o necessário nem insistir em linhas de questionamento que se constatam improdutivas", ensina.
Há muitos casos em que a entrevista precisa ser feita por telefone. Lage observa: "O telefone é um meio muito útil para a apuração de informações, mas suprime algumas condições facilitadoras da entrevista, tais como o ambiente controlado e a presença do outro”.
Outro modo, hoje muito usual, de se entrevistar à distäncia, é via e-mail. Aliás, com a Internet não apenas os jornalistas encontram inúmeras facilidades em seu trabalho, mas os próprios estudantes de jornalismo podem partir para contatos diretos no mercado, colocando em prática as teorias aqui aprendidas sobre a arte de entrevistar, por exemplo. No caso de conversas on-line, o resultado depende, em parte, da destreza do entrevistado na digitação. Muitas pessoas perdem a espontaneidade quando escrevem. E se digitam lentamente, as respostas "tenderão a ser formais, como as que se obtém em um questionário escrito"( Lage 2001).

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